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Amazonenses são listados entre os 155 empregadores associados a trabalho análogo à escravidão

Maior número de vítimas foi registrado no município de Lábrea, interior do estado, em uma empresa de extração madeireira.

Escrito por
Redação
April 11, 2025
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Fotos: Renato Alves/MTE e Vicente Sampaio/Imaflora

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulgou, nesta quarta-feira (9), a atualização do Cadastro de Empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão, conhecido como a “Lista Suja” do trabalho escravo. A nova versão do documento inclui 745 nomes, entre os quais aparecem quatro empregadores do Amazonas. Ao todo, 26 trabalhadores foram resgatados dessas situações no estado.

Entre os casos, o de maior número de vítimas foi registrado em Lábrea, no interior do Amazonas. Em 2020, fiscais encontraram 11 pessoas submetidas a condições degradantes de trabalho na extração de madeira de floresta nativa, nas margens da Floresta Nacional do Iquiri. O responsável pelo empreendimento, Adalcimar de Oliveira Lima, foi incluído na lista em abril de 2024.

Outro caso ocorreu em Manaus, onde dois trabalhadores foram resgatados de uma fábrica de móveis de madeira, situada no km 82 da BR-174, zona rural da capital. O estabelecimento pertence a Gilcimar Modesto da Silva, cuja inclusão na lista ocorreu em outubro de 2024, após fiscalização realizada em 2023.

Também figura no cadastro José Flávio Souza dos Santos, investigado em operação realizada em 2021. Doze trabalhadores foram encontrados em situação análoga à escravidão às margens do rio Guariba, no município de Novo Aripuanã, onde atuavam no apoio à produção florestal. O nome de José Flávio foi incluído na lista em outubro de 2023.

Por fim, Maria das Graças dos Santos Level passou a integrar o cadastro após denúncia de trabalho doméstico escravo em sua própria residência, cujo endereço não foi divulgado. A inspeção ocorreu em dezembro de 2023 e resultou no resgate de uma vítima. Ela foi oficialmente incluída na lista em abril deste ano.

A “Lista Suja” funciona como instrumento de transparência e pressão social e econômica contra práticas laborais ilegais.

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