Através das redes sociais, os parlamentares Rodrigo Guedes (Podemos) e Capitão Carpê (Republicanos), alegaram que foram excluídos pela Prefeitura de Manaus de receber 30 pulseiras que dão acesso aos camarotes do Sou Manaus Passo a Paço 2023. Segundo eles, o vereador William Alemão (Cidadania) também foi riscado da lista – apenas os vereadores aliados do prefeito David Almeida puderam obter as pulseiras. Vale ressaltar que nas últimas semanas os três vereadores foram os únicos a apontar irregularidades e protocolaram requerimentos solicitando transparência nos gastos públicos envolvendo o festival.
Ainda de acordo com os parlamentares, uma mensagem foi enviada no grupo dos vereadores afirmando que as pulseiras “estavam à disposição” para serem buscadas no Cerimonial da Câmara Municipal de Manaus. Mas, ao chegarem no local, eles foram notificados que a Prefeitura havia negado o acesso às pulseiras.
– Minha assessoria ao chegar no local descobriu que a Prefeitura simplesmente negou a pulseira de acesso para os 3 vereadores de oposição: Eu, Rodrigo Guedes e William Alemão. Ou seja, dos 41 vereadores, 3 foram excluídos apenas por não bajularem o prefeito – escreveu Carpê em seu perfil. Ele ainda pontuou que o tratamento por parte da Prefeitura é discriminatório e serve “para inflar o ego do prefeito e seus aliados”. Carpê disse ainda que na segunda-feira, 4, irá em busca da lista “para saber de fato qual foi a atitude da Prefeitura de Manaus”.
Guedes também mostrou insatisfação e destacou que tinha intenção de doar as pulseiras para pessoas com deficiência da Associação de Deficientes Físicos do Amazonas (ADEFA). Ele ainda salientou que excluir um “vereador pelo posicionamento político dele chama-se improbidade administrativa”.
– Eu transformaria um privilégio ridículo em uma inclusão. A Prefeitura tem direito de convidar quem quiser, apesar de eu ser contra as peixadas para amigos do Rei, que ficarão no bem bom enquanto o povo tem que catar garrafas e pegar filas para retirar as pulseiras. Mas já que poderia beneficiar pessoas com deficiência que nunca terão outra oportunidade dessas e essas pulseiras seriam ou serão usadas por alguém que foi atrás delas. Pois agora eu quero as minhas pulseiras, que irei doar para a ADEFA porque excluir vereador pelo posicionamento político dele chama-se improbidade administrativa – disse Guedes.
