O Arquivo Nacional trouxe a público cerca de 30 documentos que registram relatos de pilotos brasileiros sobre avistamentos de Objetos Voadores Não Identificados (OVNIs) no espaço aéreo nacional. Todos os informes foram feitos no ano passado aos Centros Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindactas), órgão vinculado à Força Aérea Brasileira (FAB).
Na madrugada de 7 de fevereiro de 2023, por volta das 3h, um piloto reportou ter visto em Navegantes, no litoral catarinense, “uma bola pequena a grande (variando)”, movendo-se a uma velocidade “dez vezes maior que a de um avião comercial”. Esse avistamento foi descrito como semelhante a outros já registrados no ano anterior na mesma região.
Os relatos de OVNIs ocorrem principalmente no Sul do Brasil, especialmente no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Em abril de 2023, um aviador se preparava para pousar no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, quando avistou um OVNI estático, que mudava de cor entre branco e alaranjado. Ele notou que a observação já havia sido feita por quatro dias consecutivos.
Outro piloto, que sobrevoava Ilha Comprida, em São Paulo, em 21 de janeiro, relatou ver de quatro a cinco objetos com luzes brancas intermitentes a uma velocidade estimada em “8 mach” — oito vezes a velocidade do som. Os objetos realizavam movimentos circulares, formando e desformando um círculo.
Os áudios divulgados pelo Arquivo Nacional mostram conversas entre pilotos e centros de controle durante os avistamentos. Em um áudio de 1986, conhecido como “Noite dos OVNIs”, 21 objetos foram identificados pelos radares do Cindacta, e cinco jatos da FAB foram enviados para persegui-los, sem sucesso.
O Arquivo Nacional possui quase 1.000 registros relacionados ao aparecimento de OVNIs. Esses documentos não confirmam a presença de extraterrestres, podendo referir-se a drones, estrelas, satélites, balões meteorológicos ou fenômenos naturais.
Além disso, relatos de 2023 incluem observações de objetos em diferentes partes do Brasil, como Belo Horizonte, Porto Alegre e Belém. A FAB informou que todos os documentos sobre fenômenos aéreos não identificados foram transferidos para o Arquivo Nacional, onde são de domínio público. A Força Aérea Brasileira apenas cataloga as informações e não realiza estudos adicionais sobre o tema.
A Azul e a Latam, por sua vez, garantem que seus tripulantes seguem rigorosos protocolos de segurança e comunicam qualquer eventualidade imediatamente ao controle de tráfego aéreo para a devida investigação.