Uma operação conjunta entre Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e o Batalhão de Policiamento Ambiental (BPAmb) realizada na quarta-feira (26/3), com foco no combate à exploração ilegal de madeira, aplicou multas em duas madereiras em Manacapuru, distante cerca de 100 quilometros de Manaus. Durante a ação foram apreendidos equipamentos utilizados em atividades ilegais.
A primeira empresa foi multada em R$ 1,02 milhão por descumprir um embargo pré-existente. O segundo empreendimento também foi alvo da fiscalização e recebeu um auto de infração no valor de R$ 7.200, por estar com 23,68 metros cúbicos de madeira serrada, sem comprovação de origem legal. Ambos os estabelecimentos estão localizados na zona rural do município.
O diretor-presidente do Ipaam, Gustavo Picanço, destacou a importância da ação e reafirmou o compromisso do órgão com a preservação ambiental.
“Essas ações de fiscalização são fundamentais para garantir que as atividades econômicas em nosso estado estejam em conformidade com as leis ambientais. A exploração ilegal de madeira não apenas prejudica o meio ambiente, mas também impacta negativamente a economia. Estamos trabalhando incansavelmente para erradicar esses crimes ambientais”, afirmou o gestor.
Entenda os casos
De acordo com informações repassadas pelo coordenador da Gerência de Fiscalização (Gefa) do Ipaam, Rodrigo Tacioli, ao chegar na primeira madeireira, os fiscais e os policiais do BPAmb encontraram o empreendimento em funcionamento, com funcionários que, ao perceberem a abordagem, fugiram rapidamente.
De acordo com as investigações, a empresa estava envolvida no desdobramento de toras e fabricação de paletes, utilizando “laranjas” para disfarçar a origem ilícita da madeira, proveniente de áreas desmatadas de forma irregular.

Durante a operação, foram apreendidos diversos itens, incluindo uma pá carregadeira e uma empilhadeira, além de outros equipamentos utilizados no beneficiamento da madeira, processo que transforma a matéria-prima, recém-extraída da floresta, em material pronto para diferentes tipos de aplicações.
No segundo empreendimento, a madeira foi apreendida e o estabelecimento teve as atividades embargadas até que se regularize junto ao Ipaam.
Os infratores têm o prazo de 20 dias para efetuar o pagamento da multa ou para apresentar defesa, conforme previsto no Decreto Federal nº 6.514/08.
Denúncia
Em caso de suspeita de atividades ilegais, o Ipaam disponibiliza o contato da Gefa pelo WhatsApp: (92) 98557-9454, garantindo a confidencialidade das denúncias.