Os Auditores Fiscais da Receita Federal planejam entrar em greve a partir desta segunda-feira, 4. De acordo com o Sindifisco Nacional, o movimento paredista pode impactar diretamente no comércio, com atrasos na liberação de cargas, e consequentemente grandes implicações no Polo Industrial de Manaus (PIM). O impacto orçamentário na indústria, por outro lado, é imprevisível.
– São impactos que afetam primeiramente a logística, porque haverá a Operação Padrão nas aduanas e isso pode ocorrer uma diminuição do fluxo de cargas, haverá impactos orçamentários caso o Governo Federal não consiga atingir aqueles objetivos traçados – a informação foi confirmada pelo presidente do Sindifisco Nacional, Marcos Medeiros, durante coletiva de imprensa, realizada na tarde desta quinta-feira, 31.
Medeiros salientou que a categoria, formada por mais de 7 mil servidores, sendo 235 no Amazonas, busca a regulamentação salarial da lei nº 13.464, de 10 julho de 2017, que institui o programa de produtividade e o bônus de eficiência, mas até o momento não entrou em vigor, apesar de sancionada. O anúncio da paralisação, de acordo com o presidente, é uma forma de sensibilizar o quanto antes o Governo Federal para que esse movimento não seja necessário.
– Estamos exigindo o cumprimento de um acordo feito há sete anos atrás, em 2016 e formalizado no ano de 2017. A expectativa é que seria implementado esse ano. O governo deu todos os sinais que seria, mas de repente na última semana, com o embate entre o Ministério da Fazenda e o Ministério do Planejamento, houve uma realocação orçamentária dentro de fundos que afetam nossa remuneração. Essa locação fez com que a classe se revoltasse – explicou Medeiros.
