Amazonas anuncia projetos estratégicos para a COP 30 com foco em investimentos e bioeconomia

Os principais projetos que o Governo do Amazonas levará para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que acontece em novembro, em Belém (PA), foram anunciados nesta quinta-feira (18/9) pelo governador Wilson Lima (UB). 

Entre as ações prioritárias, destacam-se a busca por investimentos internacionais para financiar iniciativas sustentáveis no estado e a discussão do papel estratégico da Amazônia na construção de um futuro ambientalmente equilibrado.

Durante a apresentação, o governador ressaltou a importância de transformar o potencial natural do estado em oportunidades econômicas sustentáveis. Um dos destaques será o plano de bioeconomia que está sendo elaborado e deve ser concluído a tempo da conferência. “Temos aqui a maior extensão de floresta contínua do mundo. Vamos discutir e apoiar a criação de fundos, além do fortalecimento da bioeconomia”, afirmou Wilson Lima.

A presença do Amazonas está garantida na Zona Azul da COP 30, espaço reservado a chefes de Estado e delegações oficiais para negociações de acordos e políticas climáticas. Na agenda do governo estadual, estão confirmadas reuniões com instituições como Banco Mundial, BID, Fundo Verde para o Clima (GCF-TF), KfW, e representantes dos governos da Noruega, Alemanha e Reino Unido.

Segundo o secretário estadual de Meio Ambiente, Eduardo Taveira, o Amazonas vai apresentar ações concretas que já estão em curso no estado. Ele destacou que 97% da cobertura vegetal original permanece preservada e que R$ 1 bilhão já foi investido em cadeias produtivas sustentáveis, como a da castanha, óleos vegetais, pesca artesanal e turismo de base comunitária.

Também serão apresentadas experiências em concessões florestais com repartição de benefícios e transparência, além do Plano Amazonas 2030, que tem como meta alcançar o desmatamento líquido zero até o final da década. “Somos pioneiros em várias frentes e queremos mostrar isso na COP 30. O Amazonas tem muito a contribuir com as discussões globais sobre clima”, afirmou Taveira.