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Lendas dos Povos Amazônicos

Lendas fazem parte do imaginário popular. Além de estarem presentes em livros, são temas de apresentações folclóricas em diversas partes do Brasil

Escrito por
Redação
January 01, 2024
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A Amazônia é origem de muito mistério e muitas lendas. Além das riquezas ambientais, as lendas e os mitos da Amazônia são também muito falados e são importantes para entender as origens do povo amazônida e preservar as referências culturais dos povos tradicionais.

Vamos conhecer algumas lendas da região:

Cobra Grande

Fonte: Internet

Também conhecida como Boiúna, a lenda conta a história de uma cobra gigantesca que habita os grandes rios da Amazônia. Ela pode mudar o curso das águas e dar origem a muitos animais. Também sai do fundo dos rios para atacar os barcos e devorar pescadores, levando-os para as profundezas.

Curupira

Capa
Fonte: Segredos do Mundo / Internet

O Curupira, protetor das árvores e dos animais, é um ser fantástico que vive no fundo das matas. Rápido, esperto e dono de uma força extrema, ele é descrito como um menino de cabelos vermelhos e que tem os pés invertidos. Quando encontra caçadores tentando matar as crias ou homens que aparecem para cortar e queimar as árvores, o Curupira faz barulhos, batendo nos troncos e assoviando, para assustá-los. Ele também é conhecido por fazer com que esses invasores se percam no local.

Iara

Fonte: Dani Mota / Internet

Iara é uma lenda do folclore brasileiro muito conhecida na região amazônica. Acredita-se que ela é metade mulher e metade peixe. Iara vivia nas águas dos rios da Amazônia e atraía homens para si com seu canto. Os que eram seduzidos por ela acabavam mortos afogados no fundo das águas dos rios, e os que não se deixavam seduzir pelo canto da sereia ficavam loucos e precisavam de ajuda para se livrar da loucura. Até hoje, sua lenda é tema de produções cinematográficas.

Lobo-Guará

Fonte: Diego Machuca / ArtStation

Entre os seres lendários da região amazônica, mais especificamente na parte mais ao sul, próximo ao Cerrado, está o Lobo-Guará. Acredita-se que, por suas características aparentemente misteriosas, e por parecer muito manso, ele tem o poder de hipnotizar as suas vítimas, que não conseguem se mover quando ele olha diretamente nos olhos. Também há a crença de que ele habita um mundo paralelo, e por isso simplesmente some do olhar dos caçadores que querem matá-lo.

Vitória-Régia

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Fonte: Eduardo Duval, Frata Soares e André Leão / Internet

Esta é uma lenda que aproxima pessoas comuns das forças da natureza. Ela conta a história de uma moça (Naiá) que, ao ver a Lua, queria muito estar com ela. Afinal, segundo a tradição, as mais belas jovens eram levadas pela Lua para serem estrelas no céu. Ela tentava, andava atrás da Lua, subia nas montanhas, mas nunca era levada. Até que um dia, vendo a Lua refletida no rio, Naiá se atirou nas águas para encontrá-la. Compadecida com o sacrifício da jovem, a Lua a transformou em uma estrela nas águas, e com isso criou a Vitória-Régia.

Lenda do Pirarucu

Fonte: Mega Curioso / Internet

Essa lenda conta que o maior peixe de escamas do país era na verdade um guerreiro vaidoso e extremamente injusto. Enquanto caçava em meio a floresta amazônica foi castigado por uma tempestade enviada pela Deusa Luruauçu e pelos raios enviados por Xandoré. A tempestade e os raios provocaram a queda de uma enorme árvore que achatou a sua cabeça e a força da chuva e da água se encarregaram de levar seu corpo para as profundezas do rio Tocantins. Xandoré, não satisfeito, o transformou em um peixe, avermelhado com grandes escamas e de cabeça achatada!

Lenda do Açaí

Fonte: Internet

Conta a lenda que, devido à fome, um cacique determinou que todos os bebês que nascessem fossem mortos, para que houvesse comida para a tribo. Porém, um dia, a filha do cacique, chamada Iaçã, também teve um bebê, e teve que matá-lo. Ela sofreu muito com a perda. Até que um dia, ouviu um choro e, ao sair da oca, viu o seu filhinho próximo de uma palmeira. Foi até lá abraçá-lo, mas ele sumiu. Então, Iaçã abraçou a palmeira e ficou chorando até morrer. No dia seguinte, o cacique viu que a palmeira começou a dar frutos roxos. Em homenagem a Iaçã, os frutos ganharam o nome dela ao contrário: Açaí.

Fonte (Capa): Paralaxis / Shutterstock
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