Durante a recente reunião de ministros das Finanças do G20, foi discutida a necessidade de um sistema tributário mais equitativo para combater as desigualdades. No entanto, enfrenta-se resistência por parte dos países mais ricos. Segundo um estudo da Oxfam Brasil, apenas uma pequena fração da arrecadação tributária dessas nações provém de impostos sobre a riqueza, enquanto a maior parte vem da taxação do consumo.
Essa disparidade na tributação contribui para a crescente desigualdade, especialmente porque a tributação sobre o consumo afeta desproporcionalmente os mais pobres, que pagam uma parcela maior de sua renda em impostos. Por outro lado, os mais ricos se beneficiam de baixas taxas sobre o patrimônio, exacerbando ainda mais a desigualdade.
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A Oxfam Brasil propõe uma taxa de 5% sobre a riqueza dos mais abastados, que poderia gerar recursos significativos para políticas públicas de combate à desigualdade, adaptação às mudanças climáticas e cumprimento das Metas de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. No entanto, os governos têm favorecido os super-ricos, reduzindo as alíquotas sobre seus rendimentos ao longo das últimas décadas.
Essa situação é considerada pela Oxfam como uma "guerra à tributação justa", que concentra ainda mais riqueza nas mãos de uma elite, ampliando as disparidades socioeconômicas. A presidência brasileira no G20 busca criar um acordo global sobre a taxação dos super-ricos, mas enfrenta desafios significativos devido à resistência dos países mais desenvolvidos.