Nesta terça-feira (28), Arthur Bisneto, ex-deputado federal e filho de Arthur Virgílio Neto, foi encontrado morto em sua residência no bairro Ponta Negra, zona Oeste de Manaus. Com 44 anos, mais da metade de sua vida foi dedicada à vida política, chegando a ser envolvido em polêmicas como a Operação Lava Jato.
VIDA E CARREIRA
Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Bisneto nasceu em Brasília, no dia 1 de outubro de 1979, primogênito do primeiro casamento de Arthur Neto, com Jacqueline Arduini Duarte do Carmo Ribeiro.
Iniciou sua vida política no ano 2000, aos 21 anos, como vereador de Manaus, permanecendo no cargo até 2002. Em 2003 foi eleito deputado estadual pelo Amazonas, onde ficou por três mandatos seguidos, finalizando o ciclo apenas em 2014, quando concorreu a deputado federal e venceu com a maior quantidade de votos no estado.
Durante esse período, em 2016, casou-se com Larissa Meirelles do Carmo Ribeiro, com quem teve dois filhos.
Em 2017, licenciou-se para comandar a Casa Civil da Prefeitura de Manaus, onde ficou até 2021.
Arthur foi filiado do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) desde o início de sua carreira, desvencilhando-se recentemente para juntar-se ao Partido Liberal (PL), onde concorreria como vereador nas eleições municipais deste ano, compondo a chapa do pré-candidato à Prefeitura Capitão Alberto Neto.
POLÊMICAS
Em 2004, quando tinha 25 anos e exercia a função de deputado estadual, Arthur Bisneto foi preso em Fortaleza (CE), acusado de ato obsceno e desacato a autoridade. Segundo testemunhas, Bisneto estava mostrando as nádegas na janela de um carro, onde estava com três seguranças.
Na delegacia, ele alegou que havia sido confundido com outra pessoa, mas baixou as calças e mostrou a parte íntima a uma testemunha novamente, perguntando se ela reconhecia. Ele imediatamente recebeu voz de prisão, mas foi rapidamente solto, e encaminhado ao teste do bafômetro, que constatou resultado positivo.
Em 2016 Arthur Bisneto e seu pai, Arthur Neto, foram citados na delação premiada da Odebrecht, durante a Operação Lava Jato. Segundo a empresa, os dois faziam parte da lista de políticos beneficiados por ela durante campanha eleitoral. O pai teria recebido R$ 300 mil e o filho R$ 500 mil.
Em contrapartida, Bisneto confirmou ter recebido o dinheiro, mas alegou que o repasse foi feito através de seu partido, PSDB, de forma lícita.
“O valor é o mesmo constante na planilha divulgada pelo juiz Sérgio Moro, comprovando a lisura com que sempre tratei a Justiça Eleitoral e o respeito pela população do meu estado. Esta doação está declarada na prestação de contas de campanha, registrada e publicada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para consulta pública. Uma doação regular de campanha com todos os trâmites burocráticos declarados”, disse em nota.