O Conselho de Desenvolvimento do Amazonas (Codam) aprovou, nesta segunda-feira (14/04), uma pauta com 47 projetos industriais que totalizam R$ 1,4 bilhão em novos investimentos para o Polo Industrial de Manaus (PIM), com a geração de 1,6 mil novos empregos.
A 313ª reunião ordinária do Codam, presidida pelo vice-governador Tadeu de Souza, abordou temas como: os impactos da guerra comercial travada entre os Estados Unidos da América (EUA) e a China, além de prestar homenagens a personalidades por suas contribuições para o setor industrial amazonense.

Durante os debates, o vice-governador afirmou que as aprovações do Codam servem como termômetro do status de consolidação do modelo Zona Franca de Manaus (ZFM), mesmo diante de cenários desafiadores. Ele também destacou que a política industrial do Estado ajuda a impulsionar o PIM como ‘porto seguro’ para investidores do restante do país e do mundo.
“São empresas com investimentos sólidos, colocando investimentos num local em que eles sabem que tem competitividade, tem mão de obra qualificada, tem tratamento favorecido em relação à diminuição de burocracia. Apesar de certas instabilidades nacionais e internacionais, a gente aqui é um porto seguro de investimento e de competitividade”, destacou o Tadeu de Souza.
Dos 47 aprovados, 17 são iniciativas de implantação de novas linhas industriais, 28 propostas de diversificação e duas de atualização de empresas já instaladas na ZFM. A reunião ocorreu no auditório do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), no bairro Distrito Industrial, zona sul de Manaus.
EUA x China e oportunidades
Durante a reunião, o titular da Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), Serafim Corrêa, reforçou que o Governo do Estado está atento em relação às possíveis oportunidades e impactos na economia local provocados pela guerra tarifária entre os EUA e a China, com a sobretaxa de produtos importados.
O Brasil foi taxado em 10%, o menor patamar. Segundo Serafim, o momento ainda exige prudência e acompanhar os desdobramentos da questão geopolítica.
“Esse é o grande desafio que está colocado para o Brasil e para todos os demais países que estão fora dessa guerra, mas que podem sofrer as consequências. A alíquota para os EUA é de 125% e, daqui para lá, são 115 pontos percentuais de diferença. É provável que empresas chinesas já instaladas no Brasil que venham a se instalar no PIM, produzam aqui, para daqui vender para os EUA. Essa é uma probabilidade muito grande“, afirmou o secretário.