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Políticos do AM comentam fim da norma que previa fiscalização do PIX: “Bandido não usa PIX, tá?”

Alberto Neto, Maria do Carmo e Marcelo Ramos comentaram sobre a revogação da norma do PIX.

Escrito por
Rhyvia Araujo
January 17, 2025
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Foto: Internet

Políticos do Amazonas comentaram sobre a revogação da norma da Receita Federal que ampliaria a fiscalização sobre transações realizadas por pessoas físicas e jurídicas via PIX. A Medida Provisória (MP) foi assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta segunda-feira (17). Segundo o Governo Federal, o ato foi uma resposta às fake news que circulavam nas redes sociais sobre o monitoramento das transações.

Nas redes sociais, o deputado federal Alberto Neto (PL) comentou a MP assinada por Lula, destacando que a medida evita o que ele considera uma tentativa do governo em taxar o Pix. “Se eu tô falando que não vou taxar, é porque no coração deles é que eles queriam taxar”, afirmou Neto.

O político prosseguiu com um ataque direto à gestão atual, afirmando que o governo de Lula segue tentando aumentar a arrecadação, gerando aumento nos gastos públicos, o que, segundo ele, tem prejudicado o povo brasileiro.

Nós tivemos um aumento maior ainda nos gastos, hoje nós temos um gasto maior que na época da pandemia, na época tinha justificativa, agora qual seria a justificativa? Pagar o cartão corporativo do Lula? As viagens da Janja?”, questionou.

Neto ainda fez um apelo à oposição para que mantenham a pressão sobre o governo, indicando que a única forma de conter o avanço de políticas fiscais que ele considera prejudiciais ao país seria uma mobilização contínua.

“Nós temos que continuar pressionando esse Governo, porque ou nós paramos o Governo Lula ou esse Governo Lula para o Brasil”, afirmou.

Maria do Carmo (Novo), ex-candidata a vice-prefeita de Manaus e aliada de Alberto Neto, também se pronunciou sobre a revogação da norma de fiscalização do Pix. Ela chegou a reforçar que o sistema de pagamento não seria taxado, mas que a norma anterior faria com que o povo brasileiro fosse penalizado com o aumento de impostos. 

Maria afirmou que o Pix é utilizado por cidadãos comuns e que bandidos, ao contrário, utilizam dinheiro vivo para suas transações ilícitas. “Bandido não usa Pix, tá gente? Bandido usa dinheiro vivo, de saquinho de padaria, em malas”, declarou. 

Ela também destacou que a sonegação de impostos é um problema real, mas que a grande maioria dos brasileiros não deve ser afetada por medidas que visam monitorar o Pix. “A pressão foi tanta que o Governo acaba de revogar a norma que iria monitorar o PIX. Muita gente achou assim ‘ah, ele nunca disse que o PIX não seria taxado’, e na verdade o pix não seria taxado. Quem iria pagar os impostos, seria o povo brasileiro que faz uso do PIX. PIX é um mecanismo de transferência de recursos”, pontuou.

Já o ex-deputado federal Marcelo Ramos (PT) criticou a decisão da Receita Federal, classificando a norma como “burocrática e insensível”. Ele lembrou que as contas bancárias já são monitoradas desde 2003, independentemente do governo em questão, e destacou que não havia necessidade de novas medidas sobre o Pix, que já era controlado por meio das contas bancárias. 

“(As contas) eram monitoradas no governo Dilma, governo Temer e Bolsonaro (…) A medida da Receita Federal é insensível do ponto de vista político, insensata do ponto de vista fiscal e arrecadatório e equivocada do ponto de vista formal, porque desnecessário qualquer movimento sobre o pix, se você já faz o controle da conta bancária. (…) Não é só um problema de comunicação, mas, acima de tudo, um problema de insensibilidade da Receita Federal do Brasil”, reforçou.

O aliado de Lula elogiou a decisão do governo de recuar e assinar a Medida Provisória, afirmando que a medida foi correta, uma vez que reconheceu um equívoco do governo anterior.

“O Governo acerta quando tem a humildade de perceber um equívoco”, disse Ramos.

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