<p>Ao fim do primeiro turno dessa eleição, nos deparamos com uma situação já prevista por boa parte das pesquisas presidenciais realizadas, os dois mais bem colocados nas pesquisas passam a disputar a vaga de presidente da república de nosso país, nesse momento o principal questionamento feito é: Qual deles?</p>
<p>Confesso que a discussão de qual dos candidatos é honesto, ou não, é competente, ou não, é o melhor, ou não, me deixa, além de decepcionado com nossa superficialidade, extremamente pessimista com nosso futuro enquanto país, pois assistir esse espetáculo de troca de acusações devidamente massificadas e desenhadas pelos postulantes em redes sociais ou aplicativos de mensagem, sempre se materializa em minha imaginação como a briga de dois fantoches furiosos, devidamente operados por sorridentes manipuladores.</p>
<p>Ao ouvir as justificativas de um defensor do atual presidente e os motivos para não votar no candidato contrário, consigo compreender os motivos apresentados, ao ouvir dos defensores do ex-presidente, os motivos pelos quais não votar no candidato contrário e, também consigo compreender estes motivos.</p>
<p>Isso me faz crer que talvez o problema não seja tão simples, e sua complexidade me indica que o real problema não será resolvido respondendo à pergunta do momento “em quem vai votar?”, o que realmente me foge a compreensão é o motivo que nos leva a essa divisão e adjetivação do outro, nosso irmão, amigo e compatriota, quando perdemos a capacidade de dialogar e chegar a um entendimento, que não é o ideal para todas as partes, mas que satisfaz a maioria.</p>
<p>Acredito que o problema é mais grave, nossa incapacidade de ouvir e se expressar sem ofender o outro, que é mais exacerbada nesse momento eleitoral, é a explicação, não só dessa, mas de muitas das mazelas que assolam nosso país.</p>
<p>Quanto a famosa pergunta supracitada encontrei paz em pensar que ela não é o problema, e independente do resultado, sairemos desse momento menores, mais divididos e menos sábios.</p>
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