Nesta terça-feira (19), policiais civis da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) prenderam um motorista de condução escolar, de 36 anos, por estupro e favorecimento à prostituição praticado contra uma criança de 12 anos.
Em depoimento à imprensa, a delegada Joyce Coelho, titular da Depca, informou que as investigações iniciaram no dia 6 de dezembro deste ano, após a mãe da vítima comparecer à delegacia e registrar um Boletim de Ocorrência (BO) sobre o fato.
“A adolescente fazia condução escolar com o homem desde 2022. Em algumas ocasiões ele costumava deixar ela como última da rota, ocasião em que começou a assediá-la mostrando vídeos de cunho sexual, e passando a ensinar algumas práticas mostrando suas partes intimas”, relatou a delegada.
Ainda segundo a autoridade policial, após isso, a adolescente, como qualquer outra vítima que passa por este tipo de trauma, teve medo de contar para sua mãe, tendo em vista que nas abordagens o autor dava a entender que já havia feito outras vítimas, e caso ela contasse para alguém não daria em nada.
A criança, então, desabafou para uma amiga, e logo em seguida, os familiares dela entraram em contato com a mãe, e relataram o que havia ocorrido.
“No decorrer das investigações foi constatado outra vítima do infrator, também de 12 anos. É importante noticiarmos amplamente essa prisão, para que outras possíveis vítimas possam aparecer, pois precisamos afastar esse homem do serviço que presta como condutor de transporte escolar e da sociedade”, pontuou a delegada.
FAVORECIMENTO À PROSTITUIÇÃO
O homem, que foi preso no bairro Lago Azul, zona Norte de Manaus, passará por audiência de custódia e ficará à disposição da Justiça. Ele responderá por estupro de vulnerável e favorecimento à prostituição.
Joyce Coelho explicou que o favorecimento à prostituição acontece quando o autor, para conseguir consumar o ato libidinoso, ou qualquer outro tipo de ação de cunho sexual, acaba oferecendo algo em troca, o que na maioria das vezes é alguma quantia em dinheiro, isso é citado porque no contexto ele ofereceu dinheiro à vítima.