Na manhã desta quarta-feira (19), a Polícia Federal deflagrou a ‘Operação Ourives’, que investiga um grupo de milicianos envolvidos na comercialização de ouro extraído ilegalmente de garimpos clandestinos na Amazônia Legal. Durante a operação, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão em Manaus, mobilizando 17 agentes. A relação de bens apreendidos, no entanto, não foi divulgada.
Segundo as investigações da PF, os criminosos recrutavam ourives para realizar o comércio do minério extraído nos garimpos ilegais. Ainda conforme os trabalhos investigativos, o grupo tinha ajuda de agentes da segurança pública estadual para fazer o transporte do ouro por meio de embarcações, caminhões e aeronaves.

De acordo com o órgão, os agentes do estado também forneciam o ouro ilegal e coordenavam a distribuição com intermediários, incluindo ourives e empresários. A organização criminosa possuía empresas de fachada para realizar a lavagem do dinheiro ilícito, com atuação no Amazonas e em Roraima.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) informou que está colaborando com as investigações e reafirmou o compromisso com a transparência e o cumprimento da lei, não compactuando com quaisquer atos ilícitos de seus agentes.
“A Corregedoria-Geral do Sistema de Segurança Pública também está acompanhando o caso, que será tratado com a rigidez que a situação exige“, diz trecho do pronunciamento.
Ao todo as ações criminosas ocorriam em três municípios no interior do Amazonas:
- Humaitá
- Japurá
- São Gabriel da Cachoeira
Os envolvidos poderão ser responsabilizados pelos crimes de usurpação de bens da União, peculato, formação de milícia, organização criminosa, dentre outros crimes correlatos.