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Deputadas saem em defesa de vereadora após suposto caso de violência política de gênero

Após acusações e ameaças contra a vereadora Professora Jacqueline durante sessão na Câmara Municipal de Manaus, deputadas consideram o acontecimento passível de denúncia

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February 28, 2024
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Foto: Diego Caja (Dicom / CMM)

 Nesta última terça-feira (27), durante sessão na Câmara Municipal de Manaus (CMM), o vereador Raulzinho (PSDB) lançou acusações à vereadora Professora Jacqueline (União Brasil), o que gerou um clima acalorado entre os parlamentares.

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Já na manhã desta quarta-feira (28), a deputada estadual Alessandra Campêlo (MDB) usou sua fala sobre o aumento de índices de denúncias de violência contra a mulher na Central de Atendimento à Mulher, para demonstrar solidariedade à vereadora Jacqueline. 

Em entrevista ao Diário da Capital, Alessandra afirma ter entrado em contato com a vereadora, verificado os vídeos da sessão e já ter o nome de três vereadores que vão constar na representação que ela irá abrir. “Nós vamos fazer uma representação ao Tribunal Regional Eleitoral que tem uma Ouvidoria da Mulher, ao Ministério Público do Estado e esperamos que a justiça tome providências e puna. Nós não podemos admitir nenhum tipo de agressão”.

Ainda na sessão da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), a deputada Débora Menezes (PL) também se posicionou a favor da vereadora Jacqueline. “Não tenho dúvidas que se fosse com um homem, a atitude não teria sido a mesma. Não podemos aceitar que isso aconteça na Câmara, na Assembleia e em nenhum lugar do nosso país, e o que eu consigo constatar é que isso acaba sendo um reflexo da atual gestão”.

O deputado Daniel Almeida (Avante) minimizou o acontecimento durante sua fala na sessão e em resposta, a deputada Alessandra pediu para que ele não dissesse que isso é “qualquer coisinha” e que estava claro a violência sofrida pela vereadora. “A violência contra a mulher não começa com o cara chegando no primeiro dia e te dando um tapa na cara não. É a violência psicológica, a violência moral, é a intimidação”.

“E nós não vamos aceitar isso. Porque se um colega deputado homem aqui, fosse na sua cara e colocasse o dedo em riste, gritar com o senhor, o senhor não iria aceitar”, completou.

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