Em mais um desdobramento que pede a cassação do atual governador Wilson Lima e do vice Tadeu de Souza, duas testemunhas serão ouvidas pelo plenário do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE/AM) no dia 20 de fevereiro. O processo deu início através de um pedido do senador Eduardo Braga (MDB) por supostos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, além de uso ilegal da estrutura das Forças de Segurança do Estado do Amazonas, além da utilização de propagandas veiculadas em programas televisivos contra Eduardo Braga durante a campanha eleitoral de 2022. Conforme o TRE/AM, nesta nova oitiva, as testemunhas vão depor em favor de Lima. Os nomes não foram divulgados.
Na decisão que o Diário da Capital teve acesso, o relator do caso, Fabrício Frota Marques, determina que a audiência, que se inicia às 9h, seja realizada presencialmente, acompanhados da advogada peticionante. “Eis que é a única a deter poderes específicos para representação em audiência”, diz trecho do documento.
Apesar das testemunhas deporem a favor de Wilson Lima, a medida acontece após as audiências terem sido remarcadas durante três vezes a pedido da defesa do governador. A última, que aconteceria no dia 23 de agosto de 2023, só foi adiada para o mês de fevereiro por conta de um pedido do atual secretário de Infraestrutura (Seinfra), Carlos Lima. O adiamento foi aceito pelo Juiz Diogo Oliveira Franco.
“Sobreveio o terceiro (3º) pedido de adiamento da aludida audiência, desta feita formulado pelo representado Carlos Henrique dos Reis Lima, ocasião em que o membro substituto vinculado a este gabinete, Juiz Diogo Oliveira Franco, houve por deferir e redesignar a citada audiência para o dia 22/01/2024”, escreveu o relator.
Entenda o caso
As audiências buscam investigar o destino político do atual governador do Amazonas e do vice Tadeu de Souza, além de outras 26 pessoas envolvidas no caso. Wilson Lima foi denunciado por Eduardo Braga no ano de 2022, por abuso de uso de meio de comunicação nas eleições de 2022, além de uma série de crimes, como: ocultação de patrimônio, corrupção, lavagem de dinheiro, sonegação de impostos e sonegação de impostos.
Braga também alega uso indevido de propagandas veiculadas na televisão e nas redes sociais no período da campanha eleitoral, além do uso de viaturas da Forças de Segurança.
“Os investigados se utilizaram da estrutura da máquina pública, seja com valores, ou com efetivo da PM, ou ainda os meios de comunicação, como no caso do Grupo Tiradentes, para investir indiretamente na campanha do Governador Wilson Lima e de seu Vice Tadeu Silva”, diz trecho da ação de investigação judicial eleitoral que solicita a cassação do atual governador.