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Caso de possíveis “funcionários fantasmas” na Prefeitura de Jutaí é investigado pelo MPAM

A prefeitura tem 30 dias para realizar o procedimento e comprovar a regularidade funcional dos servidores, com possibilidade de medidas administrativas em caso de descumprimento.

Escrito por
Clara Gentil
March 27, 2025
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Foto: Divulgação MPAM

O Ministério Público do Amazonas (MPAM), expediu, na segunda-feira (24/3), a Recomendação nº 2025/0000051183.01PROM_JUT, determinando à Prefeitura Municipal de Jutaí a realização do recadastramento de todos os servidores lotados nas secretarias municipais. A medida visa verificar a regularidade funcional dos servidores e combater a prática de eventuais “servidores fantasmas”.

O documento, assinado pelo promotor de Justiça Matheus de Oliveira Santana, faz parte do Inquérito Civil nº 160.2019.000038, instaurado para apurar a existência de servidores domiciliados em outras comarcas sem a devida comprovação de prestação de serviço ao município. 

Segundo o promotor, a recomendação expedida à gestão municipal visa fortalecer a administração pública de Jutaí, com especial atenção ao uso responsável dos recursos públicos. 

O objetivo é assegurar uma gestão pública íntegra e responsável, em que os recursos sejam destinados corretamente e a população de Jutaí tenha acesso a serviços públicos de qualidade, prestados por profissionais comprometidos e no exercício regular de suas atribuições”, concluiu o promotor.

A prefeitura municipal tem um prazo de 30 dias para realizar o recadastramento, pedindo que cada servidor comprove sua atuação no cargo por meio de informações como:

  • Nome;
  • CPF;
  • Cargo;
  • Remuneração;
  • Lotação;
  • Endereço atualizado;
  • Comprovação de frequência. 

Além disso, de acordo com o pedido, a prefeitura do município deve “promover o desligamento imediato de eventuais servidores que constem no quadro funcional mas que não estejam efetivamente exercendo suas funções”.

Após o prazo do recadastramento, a administração municipal terá dez dias para encaminhar à promotoria de Justiça um relatório detalhado contendo:

  • Resultados do procedimento;
  • A lista dos servidores recadastrados;
  • Os desligamentos realizados;
  • As medidas adotadas para evitar novas irregularidades.

Em caso de não cumprimento da recomendação, o MPAM poderá adotar medidas administrativas e judiciais, como a propositura de ação civil pública (ACP) por improbidade administrativa e a comunicação do caso a órgãos de controle, como o Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) e a Controladoria-Geral da União (CGU).

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