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Brasil registra mais de 70 mil mortes por afogamento em 13 Anos; Amazonas soma 2.872 óbitos

Os dados do Ministério da Saúde revelam que crianças e adolescentes estão entre as principais vítimas desse tipo de acidente.

Escrito por
Rhyvia Araujo
March 06, 2025
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Foto: Internet

O Brasil tem enfrentado um aumento alarmante no número de mortes por afogamento, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde. O levantamento, que analisa dados da última década, aponta um total de 71.663 óbitos em todo o território nacional.

Ao Diário da Capital, o Ministério da Saúde informou que, entre os estados afetados por esses acidentes, o Amazonas se destaca com um total de 2.872 mortes, sendo 951 apenas em Manaus. A região, conhecida pelos rios e vastos cursos d’água, apresenta características que aumentam os riscos de afogamento, especialmente entre crianças e adolescentes.

Os dados do Ministério da Saúde revelam que crianças e adolescentes estão entre as principais vítimas desse tipo de acidente. Entre 2010 e 2023, 12.662 mortes (17,7% do total) envolveram adolescentes de 10 a 19 anos, enquanto 5.878 (8,2%) foram de crianças de 1 a 4 anos. 

Além das mortes, o Brasil também registra um número significativo de internações devido a afogamentos. No período, foram registrados 11.197 casos de internações. Cerca de 30% das ocorrências — um total de 3.072 — envolveram crianças e adolescentes de até 14 anos; e mais da metade dessas ocorrências (51% delas) ocorreu em crianças de 1 a 4 anos.

Com o aumento do número de mortes e internações, o Ministério da Saúde tem alertado para a urgência de políticas públicas focadas na segurança aquática. A conscientização sobre os riscos e a adoção de práticas seguras, como não deixar crianças sozinhas perto de água e garantir que elas saibam nadar, são medidas cruciais para evitar que mais vidas sejam perdidas.

Veja outras recomendações:

  • Evitar deixar brinquedos e outros atrativos próximos à piscina e reservatórios de água;
  • Proteger piscinas, poços e reservatórios com barreiras que impeçam o acesso à água;
  • Evitar brincadeiras inadequadas na água como corridas, empurrões e saltos;
  • Observar e respeitar as sinalizações em praias, rios e lagos que indiquem áreas com alto risco de afogamento;
  • Evitar nadar em áreas profundas, de profundidade desconhecida ou distantes da margem;
  • Não entrar na água durante condições climáticas desfavoráveis, como raios, trovões, tempestades, ventanias ou quando o rio/mar estiver agitado.
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