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BC argentino desvaloriza peso em 22% após vitória de candidato de extrema direita nas primárias

Medidas também incluem alta na taxa básica de juros e visam estabilizar as expectativas do mercado em meio às mudanças políticas

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August 15, 2023
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Após a inesperada vitória do candidato de extrema direita, Javier Milei, nas primárias presidenciais da Argentina, o Banco Central do país anunciou uma desvalorização de 22% do peso em relação ao dólar nesta segunda-feira (14). 

A cotação oficial da moeda norte-americana passou de 287,35 para 350 pesos. Além disso, o Banco Central promoveu um aumento de 21 pontos percentuais na taxa básica de juros, elevando-a para 118%.

A instituição alega que o objetivo dessas medidas é "estabilizar as expectativas do mercado" em um cenário de mudanças políticas significativas. Uma das promessas de campanha de Milei é eliminar o Banco Central da Argentina e dolarizar a economia do país.

Enquanto isso, o chamado "dólar blue", nome dado ao dólar no mercado paralelo, está sendo negociado a 690 pesos, de acordo com o jornal Clarín.

Javier Milei, que obteve 30% nas primárias, entra nas eleições gerais de 22 de outubro como favorito contra a oposição tradicional, representada por Patricia Bullrich, e a chapa peronista encabeçada pelo ministro da Economia, Sergio Massa.

A repercussão da vitória de Milei se estende além das fronteiras argentinas. O deputado brasileiro Eduardo Bolsonaro celebrou a vitória, destacando que "um excelente começo para a mudança real que a Argentina precisa". O ex-presidente Jair Bolsonaro também havia manifestado apoio a Milei nas primárias.

Na Europa, o partido Irmãos da Itália (FdI), liderado pela premiê Giorgia Meloni, também comemorou o resultado de Milei e da chapa liberal-conservadora. A segunda colocação da coalizão conservadora Juntos Pela Mudança também foi celebrada, com visões de uma possível derrota decisiva para a esquerda no poder na Argentina, considerada ligada ao Foro de São Paulo e a países como Cuba, Venezuela e China.

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