<p>Uma nova imagem mostra que o asteroide que foi atingido propositalmente por uma sonda da Nasa, a agência espacial americana, deixou um rastro de detritos que se estendem por milhares de quilômetros.</p>
<p>Um telescópio no Chile capturou a imagem impressionante de uma nuvem semelhante à cauda de um cometa se espalhando atrás da rocha gigante.</p>
<p>A sonda Dart atingiu o asteroide na semana passada (26/9), como parte de um experimento para verificar se é possível desviar rochas espaciais que podem representar uma ameaça à Terra.</p>
<p>Os cientistas estão trabalhando para estabelecer se o teste foi realmente um sucesso — e a trajetória do asteroide foi alterada.</p>
<p>A imagem extraordinária foi registrada dois dias após a colisão por astrônomos no Chile, que conseguiram capturar o vasto rastro usando o telescópio Soar (Southern Astrophysical Research Telescope).</p>
<p>O rastro se estende por mais de 10 mil km — e a expectativa é de que fique ainda mais longo até que se disperse completamente e pareça com qualquer outra poeira espacial flutuando.</p>
<p>"É incrível a clareza com que conseguimos capturar a estrutura e a extensão das consequências (do experimento) nos dias seguintes ao impacto", disse Teddy Kareta, astrônomo envolvido na observação.</p>
<p>O rastro de detritos será monitorado nas próximas semanas e meses, segundo Michael Knight, do Laboratório de Pesquisa Naval dos EUA.</p>
<p>Na missão Dart, orçada em US$ 325 milhões, a sonda colidiu propositalmente com o asteroide, destruindo a espaçonave no processo. Levará algumas semanas até que os cientistas saibam com certeza se o experimento funcionou.</p>
<p>No entanto, Lori Glaze, diretora de ciência planetária da Nasa, estava convencida de que algo notável havia sido alcançado na missão.</p>
<p>"Estamos embarcando em uma nova era da humanidade, uma era na qual potencialmente temos a capacidade de nos proteger de algo como um perigoso impacto de asteroide. Que coisa incrível; nunca tivemos essa capacidade antes", disse ela a jornalistas.</p>
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<figure class="wp-block-image aligncenter size-full is-resized"><img src="https://diariodacapital.com/wp-content/uploads/2022/10/image-25.png" alt="" class="wp-image-7316" width="420" height="335"/></figure>
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<p>Os cientistas vão determinar se a missão foi bem-sucedida estudando as mudanças na órbita de Dimorphos, que orbita um asteroide maior, chamado Didymos.</p>
<p>Telescópios na Terra vão fazer medições precisas do sistema binário das duas rochas.</p>
<p>Dart é um acrônimo em inglês para Teste de Redirecionamento de Asteroide Binário. E ele foi projetado para fazer "exatamente o que está escrito na embalagem", afirmou o líder da missão, Andy Rivkin.</p>
<p>Segundo ele, a técnica poderia ser usada se um asteroide viesse em direção à Terra em algum momento no futuro.</p>
<p>E, nas palavras dele, é uma "ideia muito simples" — colidir a espaçonave contra o objeto com o qual você está preocupado e usar a massa e a velocidade da nave "para mudar ligeiramente a órbita desse objeto, o suficiente para que não atinja a Terra".</p>