As Americanas estão caminhando para a aprovação de seu plano de recuperação judicial, tendo conquistado apoio significativo de credores, incluindo BTG Pactual Asset Management, Oliveira Trust e Banco Safra. A assembleia geral de credores, marcada para esta terça-feira (19), deverá ratificar o Plano Support Agreement (PSA), que prevê um aporte de R$ 12 bilhões no capital da varejista.
Embora esses recursos sejam essenciais para a sobrevivência da empresa, a aprovação do plano implica em uma diluição do valor das ações da Americanas. Como parte da reestruturação, parte da dívida será convertida em novas ações, resultando em uma desvalorização proporcional para os atuais acionistas. Especialistas apontam que, sem esse aporte, a empresa enfrentaria sérias dificuldades financeiras.
O PSA, apresentado em março à 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, recebeu o apoio de mais de 50% dos credores da empresa, incluindo grandes bancos como Bradesco, Itaú Unibanco, Santander Brasil, BTG Pactual, BV e Daycoval. As novas adesões consolidaram a aceitação do plano, tornando a aprovação na assembleia uma realidade.
O Banco Safra, que anteriormente contestava o PSA e ingressou com ação judicial para anular o plano e a assembleia, mudou de posição ao aceitar o acordo proposto. O banco, que inicialmente alegava que o aporte de R$ 12 bilhões era "insignificante" em relação aos seus ativos, viu seu pedido de anulação da assembleia indeferido pela justiça no início do mês.
Há um ano, as Americanas enfrentaram uma fraude contábil bilionária de R$ 25,2 bilhões. Com os números reais revelados em novembro, a empresa busca reestruturar suas operações para garantir sua continuidade. O plano de recuperação judicial projeta que a empresa só deve gerar caixa em 2025, com foco na renovação de lojas físicas, otimização de custos e revisão de processos.
A aprovação na assembleia de credores é crucial para a execução do plano, marcando um passo significativo no processo de recuperação da Americanas e pavimentando o caminho para sua transformação em uma empresa mais resiliente e forte.