O Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) determinou um prazo de três dias para que o ex-prefeito de Manaus e ex-senador Arthur Virgílio Neto explique possíveis irregularidades identificadas na prestação de contas após as eleições de 2022, onde concorreu ao cargo de senador pelo PSDB, obtendo 9,50% dos votos e terminando em terceiro lugar sem eleger-se.
A Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) apontou inconstâncias, como a utilização de contas correntes preexistentes em desacordo com a legislação, apresentação de extratos bancários sem saldos iniciais zerados e de forma incompleta, e a existência de conta corrente aberta não declarada. O juiz Pedro de Araújo Ribeiro, responsável pelo caso, mencionou que a Seção de Contas Eleitorais e Partidárias opinou pela aprovação das contas em parecer técnico.
Diante da manifestação do Ministério Público Eleitoral (MPE), que identificou impropriedades não analisadas pelo órgão técnico, o juiz determinou a intimação de Arthur Neto para manifestação no prazo de três dias. O ex-prefeito considerou a recomendação de reprovação um "equívoco" e afirmou que seus advogados acompanham o caso.
Na prestação de contas, Arthur Neto declarou ter recebido R$ 3,8 milhões, a maioria proveniente do fundo partidário. Ele recebeu também R$ 30 mil em doações de pessoas físicas. Os maiores gastos foram destinados à empresa Bureau Comercial Limitada para elaboração de materiais de campanha, à Sacada Publicidade para serviços de marketing, e a fretamento de aeronaves, totalizando R$ 3,8 milhões em despesas.