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A cúpula de chefes de Estado da União Africana, realizada na cidade de Nairóbi, capital do Quênia, foi encerrada neste domingo (16/07) com a presença dos presidentes e primeiros-ministros dos 55 países membros. Sob a condução da diplomata nigeriana Amina Mohamed, secretária-geral adjunta da Organização das Nações Unidas (ONU), o encontro abordou temas de integração regional, conflitos armados e desafios relacionados a questões ambientais e à mudança climática. Além disso, os líderes africanos buscaram promover uma maior participação das nações do continente nas instâncias globais.
Um dos pontos de destaque no texto final do evento foi a ênfase dada à proposta de uma “reforma profunda no sistema financeiro internacional”. Os líderes africanos argumentaram que o continente sofreu um grande impacto social e econômico durante a pandemia de covid-19, enfrentando ainda mais desafios decorrentes da crise climática global. No entanto, eles consideram que o principal fator que aprofunda os efeitos dessas situações é o atual sistema financeiro global, que impõe condições injustas aos países em desenvolvimento.
O presidente do Quênia, William Ruto, anfitrião do evento, expressou sua posição de forma enérgica durante seu discurso, afirmando que os países africanos “não estão pedindo caridade”. Ruto ressaltou a necessidade de equidade no sistema internacional e argumentou que essa questão deveria ter sido estabelecida anteriormente, mas agora se tornou uma urgência para o continente africano.
A cúpula da União Africana refletiu o desejo dos líderes africanos de garantir uma participação mais equitativa nas decisões globais e de abordar as desigualdades financeiras que afetam o desenvolvimento e a estabilidade dos países do continente. A busca por reformas no sistema financeiro internacional se destaca como uma das prioridades dos líderes africanos, impulsionando a discussão sobre a justiça econômica e a igualdade de oportunidades para os países africanos no contexto global.