O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está movendo uma ação com pedido de reintegração visando sua participação nas primárias presidenciais do Maine. Depois do Colorado, este é o segundo estado norte-americano a desqualificar o líder ultradireitista de cargos públicos devido à sua conexão com o ataque ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021.
Conforme relatos do jornal Financial Times, Trump solicitou a "reversão" da decisão da secretária do estado do Maine, Shenna Bellows, argumentando que ela é uma "tomadora de decisões tendenciosa". A recusa do ex-presidente em aceitar a determinação estadual ocorre uma semana após Bellows ter declarado sua inelegibilidade, com base na 14ª Emenda da Constituição dos Estados Unidos.
Essa emenda proíbe a ocupação de cargos públicos por indivíduos envolvidos em insurreições. A decisão de Bellows foi sustentada no fato de que Trump, ao recusar-se a aceitar os resultados eleitorais de 2020, "incentivou" seus seguidores a invadirem o legislativo norte-americano. A secretária afirmou que o ex-presidente "usou uma narrativa falsa de fraude eleitoral para inflamar seus apoiadores" e estava ciente da probabilidade de violência.
A decisão de Bellows pode ter implicações significativas, considerando a importância do Maine no Colégio Eleitoral dos Estados Unidos, especialmente em eleições presidenciais acirradas. A batalha legal em torno da reintegração de Trump promete ser acompanhada de perto, moldando o cenário político em meio às preparações para o pleito de maio.