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Tribunal condena assassinos de líderes indígenas da Amazônia

Os condenados são os irmãos Josimar e Segundo Atachi, José Carlos Estrada, Hugo Soria e Eurico Mapes

Escrito por
Redação
April 12, 2024
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Foto: AFP / Internet

Um tribunal peruano sentenciou na quinta-feira (11), a 28 anos e três meses de prisão, os cinco assassinos de quatro líderes indígenas Asháninkas, defensores dos recursos naturais em uma região da Amazônia na fronteira entre o Peru e o Brasil, um crime cometido em 2014.

Edwin Chota, Jorge Ríos, Leoncio Quintisima e Francisco Pinedo foram assassinados em 1º de setembro de 2014 na frente de membros de sua comunidade nativa Alto Tamaya-Saweto. Eles eram ameaçados por defenderem seu território e denunciarem o desmatamento, atividade que afeta o ecossistema e a biodiversidade da região, e deixaram 17 órfãos.

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Os condenados são os irmãos Josimar e Segundo Atachi, José Carlos Estrada, Hugo Soria e Eurico Mapes. O Ministério Público havia pedido 35 anos de prisão.

A decisão do caso que ficou popularmente conhecido como Saweto foi bem recebida pelos familiares e indígenas Asháninkas presentes na audiência, que portavam seus arcos e flechas.

Além das condenações, a juíza Bedoya determinou que cada família das vítimas deverá receber uma indenização de 50 mil sóis (pouco mais de R$ 68 mil).

O crime gerou uma onda de críticas contra as autoridades peruanas pela pouca atenção dada aos apelos à defesa das florestas e à proteção das lideranças indígenas por conta das ameaças das máfias de madeireiros.

Edwin Chota era uma figura pública que havia se tornado referência para grupos ambientais e meios de comunicação internacionais por sua defesa da floresta amazônica.

Segundo a ONG Global Witness, desde 2012, foram assassinados no Peru pelo menos 54 defensores da terra e do meio ambiente, dos quais mais da metade pertencia a etnias indígenas.

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