O Sindicato dos Petroleiros do Amazonas (Sindipetro-AM) recebeu denúncias sobre um incêndio que ocorreu na Refinaria da Amazônia (Ream). Segundo informações de testemunhas que estavam nas proximidades, o fogo levou mais de 2h para ser controlado.
Marcus Ribeiro, Coordenador Geral do Sindipetro-AM, expressou a preocupação do sindicato com a segurança dos trabalhadores e destacou a falta de comunicação por parte da direção da refinaria.
“Recebemos denúncias de trabalhadores e solicitamos uma reunião com a direção da refinaria, mas não obtivemos resposta. Nossa preocupação com a segurança está evidente, especialmente diante deste incêndio”, afirmou Ribeiro. Ele ressaltou que as medidas de segurança devem ser prioritárias e que a transparência é crucial para garantir a proteção dos trabalhadores.
A Refinaria da Amazônia foi privatizada em 2022, durante o governo Bolsonaro, sendo vendida pela Petrobras ao Grupo Atem por apenas US$ 189 milhões. A refinaria tem uma participação histórica relevante no fornecimento de derivados de petróleo para a região Norte do Brasil. No entanto, a falta de transparência nas informações gerou preocupações e conflitos de dados sobre o refino entre a Agência Nacional do Petróleo (ANP) e a Ream.
Embora o incêndio tenha sido relatado por testemunhas próximas, a empresa responsável pela refinaria, privatizada recentemente, ainda não se manifestou sobre o ocorrido. Segundo relatos, os sistemas de alerta não foram acionados adequadamente, mesmo diante da gravidade da situação.
O Sindipetro-AM afirma que a falta de informações e transparência por parte da empresa prejudica diretamente a segurança dos trabalhadores, que, por medo de demissão e possíveis retaliações, se sentem silenciados. Desde a privatização da refinaria, o sindicato tem alertado sobre questões de segurança no trabalho e o aumento de acidentes na Ream.
Procurado pelo Diário da Capital, o grupo Atem, responsável pela gestão da refinaria, não enviou respostas até o fechamento desta matéria. O sindicato continua a exigir posicionamento e um compromisso firme com a segurança dos trabalhadores, em um momento que exige atenção e responsabilidade.