Na quarta-feira (13), o plenário do Senado aprovou, por meio de votação secreta, a indicação do ministro da Justiça, Flávio Dino, para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). O placar registrou 47 votos a favor e 31 contra.
Logo após a votação de Dino, os senadores também aprovaram no plenário o nome do subprocurador Paulo Gonet para a Procuradoria-Geral da República (PGR), com expressivos 65 votos a favor e 11 contra.
Ambos passaram pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), onde Flávio Dino obteve 17 votos a favor e 10 contra, enquanto Paulo Gonet recebeu 23 votos a favor e 4 contra. Dino teve o menor número de votos na CCJ desde a sabatina do ministro Gilmar Mendes em 2002.
Durante a sabatina que durou cerca de 10 horas, Dino e Gonet procuraram evitar polêmicas e embates com a oposição. Agora, os nomes precisam ser publicados no Diário Oficial da União (DOU).
Flávio Dino foi anunciado como ministro da Justiça por Lula em dezembro de 2022, durante o período de transição governamental. Em seu primeiro discurso, comprometeu-se a solucionar o caso do assassinato da vereadora Marielle Franco.
Dino também enfrentou críticas pela atuação do Ministério da Justiça durante os atos golpistas de janeiro, sendo convocado várias vezes pela oposição para prestar esclarecimentos. Conhecido como "lacrador," ganhou destaque pelos debates acalorados com parlamentares oposicionistas durante as sessões no Senado e na Câmara.