<p>O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, afirmou nesta segunda-feira (10) em entrevista à GloboNews que as recentes medidas fiscais do governo abrirão espaço para afrouxamento monetário por parte do Banco Central.</p>
<p>Mello explicou que, a partir do momento em que o Banco Central reconhece as qualidades da proposta do governo que impede que os gastos federais cresçam mais do que a arrecadação, ele também incorpora isso aos seus modelos. “A partir dessa incorporação aos modelos, abre-se o caminho tanto do ponto de vista das variáveis macroeconômicas reais quanto do ponto de vista da percepção das expectativas dos agentes para um ciclo de afrouxamento monetário o mais breve possível para harmonizar as políticas fiscal e monetária”, argumentou o secretário.</p>
<p>O afrouxamento monetário é um processo no qual o Banco Central reduz a taxa básica de juros, a Selic, com o objetivo de estimular a economia, incentivando o consumo e os investimentos.</p>
<p>A taxa Selic atualmente está em 13,75%, o que tem sido alvo de críticas recorrentes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que afirma que esse nível mina o crescimento econômico e a oferta de crédito.</p>
<p>Para Mello, o governo vai anunciar uma série de medidas para melhorar o mercado de crédito e aumentar a competitividade com “taxas melhores para os clientes”. Ele ainda afirmou que o governo está otimista com a recepção do arcabouço fiscal no Congresso, onde o texto deve chegar até terça-feira.</p>
<p>Com as medidas fiscais e a possibilidade de afrouxamento monetário, o governo espera que a economia brasileira volte a crescer em um ritmo mais acelerado e que a oferta de crédito seja ampliada, beneficiando tanto empresas quanto consumidores.</p>