A falta de saneamento básico é um problema crônico no Amazonas, que afeta a saúde da população e compromete o desenvolvimento do estado. A ausência de água potável, a coleta inadequada de lixo e o tratamento precário do esgoto são realidades que atingem milhares de pessoas, especialmente nas áreas mais pobres.
Em Manaus, a concessionária Águas de Manaus, controlada pela Aegea, é responsável pelo serviço de água e esgoto. No entanto, a empresa vem maquiando os indicadores de metas atendidas, incluindo em seus relatórios obras realizadas pelo Governo do Estado do Amazonas. Essa manobra, segundo fontes, tem o objetivo de inflar os resultados e justificar os altos lucros da empresa. Na prática, funciona assim: o poder publico executa o investimento e a Águas de Manaus coloca em seu contrato que foi feito por ela e cobra da população. Essa prática deveria ser aferida por quem tem obrigação de fiscalizar o contrato de concessão: Prefeitura de Manaus. Não o faz por qual motivo?
O não cumprimento de metas é infração grave e suficiente para o rompimento do contrato de concessão.
A população amazonense merece ter acesso a serviços de saneamento básico de qualidade. É preciso que a concessionária Águas de Manaus cumpra suas obrigações contratuais e invista na melhoria da infraestrutura e na ampliação do acesso aos serviços. Além disso, é fundamental que os órgãos fiscalizadores atuem de forma rigorosa para garantir a transparência e a correta aplicação dos recursos.