Com o objetivo de manter a segurança na trafegabilidade, o Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) instaurou um inquérito civil para apurar possíveis riscos de desabamento da Ponte Rio Negro, em Manaus. A investigação foi aberta pela 63ª Promotoria de Justiça Especializada na Proteção e Defesa da Ordem Urbanística (Prourb) após o recebimento de diversas denúncias e relatos sobre processos erosivos nas fundações da estrutura.
A decisão do MP leva em consideração a ampla repercussão do tema na mídia e a resposta oficial do Governo do Estado, que assegurou que a ponte não apresenta riscos e que os danos observados passarão por processo de recomposição.
De acordo com o promotor de Justiça Paulo Stélio Sabbá Guimarães, responsável pela apuração, o objetivo do inquérito é verificar a real situação da ponte e garantir a segurança de motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres que utilizam a estrutura diariamente. “Queremos assegurar à população que a ponte está em perfeitas condições de trafegabilidade”, afirmou o promotor.
A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedurb) já foi acionada para prestar esclarecimentos sobre o caso. O MP aguarda informações detalhadas sobre as providências adotadas.
Entre as medidas solicitadas, a Prourb requisitou à Sedurb o envio do cronograma das obras de recuperação do talude impactado pela erosão. Caso os trabalhos já tenham sido concluídos, o Ministério Público também pediu o envio de registros fotográficos que comprovem a recomposição do solo.
A Ponte Rio Negro, que liga Manaus ao município de Iranduba, é uma das principais obras de infraestrutura do Estado e essencial para o tráfego de pessoas e mercadorias na região.
O Diário da Capital solicitou um posicionamento do Governo do Amazonas diante da investigação do Ministério Público, mas ainda não obteve retorno. O espaço segue aberto para manifestação.