Nesta segunda-feira (14), a quarta rodada de negociações entre o governo colombiano e o Exército de Libertação Nacional (ELN), a última guerrilha ativa do país, teve início. Esse processo ocorre em um contexto marcado por tensões políticas e desafios, apesar do recente estabelecimento de um histórico cessar-fogo bilateral de seis meses.
No entanto, as negociações recomeçam após um dos maiores escândalos políticos do país: a prisão por lavagem de dinheiro do filho mais velho do presidente Gustavo Petro. Além disso, a divulgação de um plano de assassinato de um promotor, atribuído ao ELN, adicionou mais complexidade ao cenário.
Apesar dos eventos que abalaram a imagem e credibilidade tanto do presidente quanto da delegação guerrilheira, as conversas são mediadas pela Venezuela em Caracas. O cessar-fogo continua em vigor, e comissões foram estabelecidas para monitorar e avaliar sua eficácia, o que pode contribuir para reduzir as tensões e facilitar o diálogo visando um fim definitivo do conflito armado.
Gustavo Petro, presidente de esquerda, deposita sua estratégia de paz no sucesso dessas negociações, buscando alcançar a paz total com a última guerrilha ativa no país. O ELN, que tem uma luta armada com quase 60 anos, ainda é composto por milhares de membros.
Enquanto os colombianos demonstram cautela, há uma esperança entre muitos de que essas negociações possam finalmente trazer uma resolução duradoura ao conflito. A população, que há anos conviveu com a violência e as incertezas, busca um caminho para um futuro mais pacífico.
Na cidade de Medellín, onde as conversas sobre as negociações são discretas, as pessoas estão esperançosas, apesar das preocupações contínuas com carros-bomba e sequestros. O cessar-fogo e as negociações de paz trazem um pouco de tranquilidade para a população, que espera pelo fim definitivo do conflito armado e por um caminho para a paz.
