Um relatório da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil) revelou que um tanque israelense matou o repórter da Reuters Issam Abdallah em outubro do ano passado. O tanque disparou dois projéteis de 120 mm contra um grupo de “jornalistas claramente identificáveis”, violando a lei internacional.
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A Unifil afirmou que o disparo contra civis, incluindo jornalistas, constitui uma violação da Resolução 1701 (2006) do Conselho de Segurança das Nações Unidas e do direito internacional.
O relatório indicou que não houve troca de tiros na região no momento do incidente. Além de matar Abdallah, os disparos também feriram outros seis jornalistas presentes no local.
O porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Nir Dinar, afirmou que o Hezbollah atacou as Forças de Defesa de Israel, e estas responderam para eliminar a ameaça. Dinar enfatizou que as Forças de Defesa de Israel não atiram deliberadamente em civis, incluindo jornalistas, e que a liberdade de imprensa é de extrema importância.
A editora-chefe da Reuters, Alessandra Galloni, pediu a Israel que explique como o ataque ocorreu e responsabilize os culpados. A Unifil enviou o relatório à ONU em Nova York e compartilhou com as Forças Armadas libanesas e israelenses.
As recomendações do relatório incluem que as Forças de Defesa de Israel conduzam uma investigação sobre o incidente e compartilhem suas conclusões com a Unifil