O 1º Simpósio Ajuricaba de Liberdade na Amazônia, realizado na Ufam (Universidade Federal do Amazonas), teve um desfecho conturbado, com um estudante de mestrado sendo detido e confrontos entre manifestantes, servidores da instituição e policiais federais. O evento, promovido pelo Instituto Ajuricaba, ocorreu no auditório da FES (Faculdade de Estudos Sociais) em Manaus.
O reitor da Ufam, Sylvio Puga, solicitou a presença de policiais federais na instituição por medida de "prevenção", devido a "notas" contrárias ao simpósio. Segundo Puga, a presença dos agentes visava "garantir a ordem e a segurança dos palestrantes, bem como dos participantes do evento". Essa ação foi tomada após o Diretório Central dos Estudantes (DCE) expressar rejeição à presença do cientista político André Lajst nas dependências da Ufam.
Durante o evento, o estudante de mestrado em Sociedade e Cultura na Amazônia, Christopher Rocha, protestava contra a presença de André Lajst. O protesto culminou em sua detenção por policiais federais, sob a alegação de desacato. A situação gerou confrontos e agressões envolvendo servidores da instituição. Rocha foi encaminhado à sede da Superintendência Regional da Polícia Federal, onde prestou esclarecimentos sobre o ocorrido e foi liberado posteriormente.
Em um vídeo divulgado, o reitor Sylvio Puga aparece ao lado de Christopher Rocha, anunciando sua liberação. O estudante alegou estar realizando um protesto pacífico e considerou a atuação dos agentes da Polícia Federal como "ruim" e "errada", afirmando que estavam agindo dentro dos limites da lei.
O episódio reflete a tensão e os conflitos que podem ocorrer em eventos acadêmicos envolvendo figuras polêmicas e pontos de vista divergentes, destacando a complexidade das discussões sobre liberdade de expressão e segurança em ambientes universitários.