“Prometer e não cumprir é pior do que mentir” - Diário da Capital: Amazonas em notícias e matérias

Um bordão que foi repetido à exaustão em campanhas eleitorais passadas no Amazonas volta à tona quando o assunto são as promessas de Wilson Lima (União Brasil), Governador do Estado do Amazonas e do Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL), em relação à reedição ou judicialização da discussão do Decreto do Presidente da República que reduziu a alíquota do IPI linearmente e depois tornou a redução permanente.

Desde fevereiro deste ano os ataques ao modelo Zona Franca de Manaus (ZFM) vêm se intensificando trazendo insegurança jurídica sobre o modelo fazendo com que indústrias multinacionais estudem a possibilidade não de apenas mudar de estado da Federação, mas de deixar por completo o país levando investimentos para outros países da América latina e outros continentes do globo.

Também é quase sepulcral o silêncio da CMM e da ALEAM sobre o tema. Também temos membros da bancada federal em completo silêncio após votarem a favor de varios projetos bolsonaristas.

O Prefeito do Município de Manaus, David Almeida (Avante), que é sabidamente adepto da corrente Bolsonarista, se solidarizou com o Governador quando aquele se posicionou no sentido de ingressar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), já que o presente decreto inviabilizaria um modelo de negócios estabelecido Constitucionalmente (garantido pela CF/88)e traz impactos diretos sobre a economia do Município. Infelizmente, na terça (19/04) o Governador confirmou não ter entrado com a medida judicial conforme publicação de vídeo no domingo dizendo que naquele dia estaria judicializando a discussão.

A cada dia que passa as condições de temperatura e pressão vão se alterando em nosso desfavor como naquele governo do “Boto navegador” que aderiu ao convênio do Confaz e passou a cobrar integramente o ICMS dos estabelecimentos comerciais que fulminaram à golpes de terçado o comércio e o turismo local. Hoje o centro histórico do Município de Manaus é só uma vaga lembrança da potencia que ja fora um dia.

Os Deputados “Delegados” que até bem pouco tempo atrás estavam bradando cheio de pompa os recordes de faturamento da ZFM estão comendo uma safra inteira de abiu. A boca está “colada” e simplesmente não abre pra falar no assunto.

Colocar a indústria na mesma posição é dizer que haverá uma exportação de mais de 500 mil postos diretos, indiretos e induzidos de trabalho, é matar a nossa Universidade Estadual (UEA), é colocar milhares de pessoas da miséria.

Recentemente, Thomas Nogueira, consultor tributário renomado do PIM/ZFM, declarou em sua rede social no dia 5 de março: “Nós temos o instrumento. Ele é eficaz e produz resultados positivos econômica, social e ambiental. É bom para o Brasil, é fundamental para o Amazonas.”.

Sempre fomos alvos de outros estados do país por sermos uma Zona Franca que atrai investimentos, recentemente São Paulo, que nunca foi muito católico conosco, decidiu do mais absoluto nada que os incentivos de ICMS não valem para as transações comerciais entre esses Estados.

O Amazonas sempre lutou por essa pauta sozinho. Recentemente, após declaração do Primeiro Ministro Britânico, Boris Johnson, de que Zonas Francas seriam uma grande arma no reforço da economia mas que não era possível devido à restrições da União Europeia (UE) a BBC fez a checagem dos fatos e constatou que a União Europeia possui mais de 80 ZONAS FRANCAS. Todo mundo sabe, Inclusive a União Europeia, só o Sudeste e o Palácio do Planalto e o Governo do Amazonas não enxergam que as Zonas Francas são o futuro.