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Privatização do Rio Madeira é alternativa para enfrentamento da estiagem 2025, afirma Sindarma

Navegação prejudicada pelo baixo nível de águas na hidrovia será responsabilidade do setor privado

Escrito por
Redação
January 28, 2025
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Foto: Michael Dantas / AFP

A privatização da hidrovia do Rio Madeira é apresentada como uma medida estratégica para enfrentar os desafios da estiagem em 2025. O projeto de concessão, previsto para ser leiloado no segundo semestre do ano, foi debatido ao final de 2024 entre o Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial do Amazonas (Sindarma), a Federação Nacional das Empresas de Navegação (Fenavega) e o Governo Federal. A medida é para coibir paralisação da hidrovia, como ocorrido em 2024.

A privatização do rio Madeira refere-se à concessão da gestão e operação da hidrovia a uma empresa privada, que será responsável por investir em infraestrutura, manutenção e melhorias para garantir a navegabilidade durante todo o ano. Entre as obrigações da concessionária estão a dragagem contínua do rio, atualização da carta náutica, instalação de balizamento e sinalização adequada, além de assegurar operações noturnas, atualmente inviáveis durante a estiagem.

Em 2024, o setor enfrentou graves prejuízos devido à seca histórica, que limitou drasticamente a navegabilidade no Rio Madeira e em outras bacias do Amazonas. As embarcações tiveram que operar com capacidade reduzida, encarecendo as operações e impactando o custo dos produtos para o consumidor final.

Para Galdino Alencar, presidente do Sindarma, a privatização pode ser uma solução viável, mas exige transparência e planejamento. “Não somos contra a privatização, mas queremos esclarecimentos sobre os benefícios reais. Vai haver dragagem o ano inteiro? Como será tratada a questão das 2 mil dragas de garimpo que operam no Madeira? A segurança precisa ser priorizada”, pontuou.

Perspectivas para 2025

A expectativa é que, com a concessão, sejam superadas as dificuldades enfrentadas nas estiagens anteriores, garantindo maior eficiência na navegação e contribuindo para o desenvolvimento econômico da região. O Sindarma também destaca a importância de integrar a navegação local a projetos como o megaporto chinês de Chancay, no Peru, que pode impulsionar as exportações do Polo Industrial de Manaus (PIM) e gerar emprego e renda no estado.

Apesar do cenário desafiador, o setor aposta em infraestrutura aprimorada e colaboração com o governo para enfrentar as adversidades e transformar a hidrovia do Rio Madeira em uma rota segura e eficiente para o transporte de cargas e passageiros.

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