A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro da vacina contra a Chikungunya, um passo importante no combate à doença no Brasil. O imunizante, chamado IXCHIQ (vacina Chikungunya recombinante atenuada), é uma vacina de dose única, indicada para pessoas a partir dos 18 anos, especialmente aquelas com maior risco de exposição ao vírus. No entanto, a vacina não é recomendada para grávidas, nem para pessoas com imunossupressão ou imunodeficiência.
O registro é a autorização para que o imunizante possa ser utilizado no país. Nos testes clínicos, a vacina demonstrou uma forte resposta do sistema imunológico, com a produção de anticorpos que neutralizam o vírus Chikungunya. Além disso, a Anvisa, em parceria com o Instituto Butantan, estabeleceu um Termo de Compromisso, que prevê novos estudos de segurança e eficácia, além de acompanhamento contínuo para monitorar a resposta da população ao imunizante.
Antes de ser aprovada no Brasil, a vacina já havia recebido o aval de órgãos internacionais, como o FDA (EUA) e a Agência Europeia de Medicamentos (EMA). A Chikungunya é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue, e desde que o vírus chegou às Américas em 2013, o Brasil registra casos da doença em todos os estados.
A vacina IXCHIQ foi criada pela farmacêutica austríaca Valneva e, por enquanto, será fabricada na Alemanha, com planos para produção no Brasil no futuro. A Anvisa avaliou estudos realizados nos Estados Unidos e no Brasil, que confirmaram a eficácia e segurança do imunizante. Além disso, a agência participou de uma avaliação conjunta com a EMA, por meio de um projeto internacional de cooperação.
Amazonas
De acordo com o Informe Epidemiológico das Arboviroses no Amazonas, divulgado na última quinta-feira (10/4), pela Fundação de Vigilância em Saúde – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), foram registrados 54 casos de Chikungunya no estado no período de 1º de janeiro a 9 de abril de 2025.