A reta final das pré-campanhas presidenciais no México está prestes a começar, com um padrão previsível emergindo: a possibilidade de mulheres serem eleitas como candidatas. Tanto na oposição quanto no partido no poder, as pré-candidatas estão ganhando destaque.
Claudia Sheinbaum, ex-prefeita da Cidade do México, é uma das favoritas na corrida pela indicação presidencial do Movimento de Regeneração Nacional (Morena), o partido de esquerda nacionalista que está no poder desde 2018. Ela realizou um apelo à unidade após acusações de financiamento público de sua pré-campanha, feitas pelo também pré-candidato Marcelo Ebrard, ex-chanceler. A disputa entre eles será definida por uma pesquisa nacional a ser realizada a partir de segunda-feira.
No campo da oposição, a senadora de direita Xóchitl Gálvez é a favorita em uma pesquisa interna que a coloca frente a frente com Beatriz Paredes, do partido PRI. Gálvez, que recebeu o apoio de um importante membro do partido direitista PAN, simboliza o ressurgimento de uma oposição antes enfraquecida e fragmentada.
As pré-campanhas enfatizam a continuidade da representação feminina nas eleições presidenciais do México. Ambas as candidatas buscam capitalizar a popularidade do atual presidente, Andrés Manuel López Obrador, que não pode ser reeleito de acordo com a legislação mexicana. O resultado das pré-campanhas indica uma forte possibilidade de que as candidatas mulheres se destaquem nas eleições presidenciais mexicanas.
As pesquisas internas e a consulta aos cidadãos nos próximos dias vão definir os candidatos finais para as eleições presidenciais no México, que serão um reflexo do papel crescente das mulheres na política do país.