<p>Você já visitou a “Cabeça do Cachorro”? O município cujo formato no mapa é a cabeça de um cão vai muito além dessa peculiar curiosidade. Com serras e praias paradisíacas, São Gabriel da Cachoeira cresce cada dia mais no turismo, expandindo a economia e dando oportunidades a centenas de indígenas, que hoje compõem cerca de 80% da população local.</p>
<p>Inserida este ano no Mapa Nacional do Turismo, São Gabriel da Cachoeira fica a 852 quilômetros de Manaus. As idas de avião costumam durar entre duas e três horas. De lancha, 24 horas para chegar no município de fronteira com a Colômbia e Venezuela.</p>
<p>Atualmente, São Gabriel da Cachoeira aposta no turismo de aventura com a subida das serras do Pico da Neblina, da Bela Adormecida, e da Serra do Cabari. Uma Amazônia de montanhas, até então pouco conhecida.</p>
<p>Com o cenário de pós-pandemia, famílias são gabrielenses já pensam e em outros cenários para o turismo local. A empresária Giovana Tavares dos Santos é indígena da etnia Baré e proprietária da pousada Bawary. Com quase um ano de funcionamento, ela afirma que as perspectivas de futuro do turismo de SGC são promissoras.</p>
<p>“O turismo está se restabelecendo pós-pandemia, porque - por exemplo - esse ano foi criado o Conselho Municipal de Turismo na cidade, é uma coisa que precisava. Então foi criado esse ano e tudo isso dá mais respaldo para o turismo começar a acontecer, organizando as classes envolvidas, como a classe de hospedagem, restaurantes, agências de turismo, e as comunidades”, afirmou a proprietária da pousada.</p>
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<figure class="wp-block-image size-large"><img src="https://diariodacapital.com/wp-content/uploads/2022/06/007F62A2-8A8D-4DDE-ACC5-350ECF2CFC5A-1024x683.jpeg" alt="" class="wp-image-2880"/></figure>
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<p>Além do turismo de aventura, cresce ainda no município o Etnoturismo. Grupos indígenas de diversas etnias abrem suas aldeias para a recepção de turistas. A vivência no ambiente indígena atrai cada vez mais quem quer conhecer a essência da região.</p>
<p>“O turismo do Pico da Neblina vem protagonizando o etnoturismo, porque o indígena Yanomami está à frente, porque ele acompanha os turistas do hotel até o Pico da Neblina”, explicou Giovana.</p>
<p>O turismo comunitário nas aldeias envolve a venda de artesanatos, a vivência de dormir e acordar em uma aldeia indígena e, acima de tudo, conhecer sobre a cultura plural do povo de São Gabriel.</p>
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<figure class="wp-block-image size-large"><img src="https://diariodacapital.com/wp-content/uploads/2022/06/6E62A660-128D-46CC-A5AC-372AAC41A861-1024x682.jpeg" alt="" class="wp-image-2881"/></figure>
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<p>Praias paradisíacas, ilhas desertas, serras que envolvem o Rio Negro lá perto de onde ele nasce e a vivência cultural indígena elevam São Gabriel a um patamar importante dentro do turismo amazonense, e que, no futuro, só tende a expandir.</p>