A Polícia Federal decidiu abrir um inquérito para investigar ameaças de morte recebidas pelo deputado federal e pré-candidato a prefeito de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL-SP). A decisão foi tomada após Boulos encaminhar uma representação ao diretor-geral da PF, relatando as ameaças que vinha recebendo.
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As ameaças levaram Boulos a tomar medidas de segurança adicionais, incluindo a decisão de não se locomover mais pela cidade com o carro que costumava usar, optando por um veículo blindado durante a campanha eleitoral. Segundo ele, a decisão foi tomada após dialogar com pessoas de sua confiança na área da segurança, que viram nas ameaças um potencial risco à sua integridade física.
No documento encaminhado à PF, os advogados de Boulos explicaram a escolha de acionar a instituição em vez da Secretaria de Segurança de São Paulo, mencionando que "um dos potenciais autores dos delitos é integrante das forças de segurança pública estadual" e que o atual secretário de Segurança, Guilherme Derrite, é um conhecido opositor do campo político do deputado.
As mensagens recebidas por Boulos, segundo sua defesa, têm "cunhos ameaçadores" e incluem expressões como "tu vai morrer miserável", "que vontade de dar na tua cara seu filho da puta", entre outras. O advogado de Boulos destacou que as ameaças aumentaram consideravelmente desde que ele se colocou como pré-candidato, especialmente por parte de segmentos identificados como bolsonaristas.
Diante das ameaças, Boulos e sua equipe esperam que o inquérito policial instaurado pela PF ajude a identificar e responsabilizar os autores dos crimes.