A polícia do Reino Unido abriu uma investigação para apurar um caso de estupro virtual, o primeiro do tipo na história. A vítima é uma menina de 16 anos que foi cercada e atacada por um grupo de homens no Horizon Worlds, jogo de realidade virtual da Meta.
De acordo com as informações divulgadas pelo Daily Mail, a menina estava em uma sala junto a conhecidos quando foi abordada pelos agressores. Eles a cercaram e começaram a agredi-la sexualmente, usando os avatares do jogo para representar as ações.
A menina ficou bastante abalada pela experiência e precisou de atendimento psicológico. A polícia afirmou que o estupro virtual deixou marcas psicológicas na vítima, semelhantes às de uma agressão sexual no mundo real.
O caso tem gerado um debate entre autoridades no Reino Unido. De um lado, estão pessoas que defendem que não existe gente o suficiente para investigar estes casos do mundo virtual.
Outros, como Ian Critchley, líder do setor de Investigação de Proteção à Criança do Conselho Nacional de Chefes de Polícia, acreditam que o metaverso abre “uma porta para os abusadores cometerem crimes horríveis contra crianças”.
A maioria dos países ainda não criou leis específicas para crimes ocorridos dentro do metaverso. No Reino Unido, a polícia está usando leis existentes para investigar o caso, como a Lei de Proteção à Criança de 2003.
A Meta, empresa que criou o Horizon Worlds, informou que não aceita ações abusivas em sua plataforma. A empresa disse que tem um recurso chamado limite pessoal que mantém pessoas que você não conhece a poucos metros de distância de você.