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<p>Menina de 11 anos se preparava para a sua primeira comunhão em 2013 quando houve o crime. O ato ocorreu dentro de um confessionário. </p>
<p>O padre católico Osvaldo Donizete da Silva e o bispado de Catanduva, no interior de São Paulo, foram condenados a pagar R$ 210 mil de indenização por danos morais a uma jovem por abuso sexual que ela sofreu quando tinha 11 anos de idade. </p>
<p>A sentença foi publicada na última segunda-feira, 27. O juiz Vinicius Nunes Abbud, da Vara da Urupês, considerou que a vítima, que hoje tem 20 anos, ficou com sequelas emocionais. As defesas do padre e do bispado vão entrar com recursos.</p>
<p>O assédio teria acontecido em 2013, durante uma confissão, quando a vítima se preparava para a sua primeira comunhão. Na época, o padre respondia pela paróquia de Sales, também no interior. Consta no processo que, no momento em que a criança ficou sozinha com o padre na sala de confissões, ele "tateou as nádegas da infante sobre as vestes, beijou-a de forma lasciva e, ainda, esfregou-se na mão da ofendida sem tirar a roupa".</p>
<p>De acordo com o processo, o assédio só foi interrompido porque outra criança teria tentado abrir a porta da sala, assustando o religioso. O padre havia sido designado pelo bispado para exercer o sacerdócio na paróquia de São Benedito, em Sales.</p>
<p>O juiz entendeu que o padre se valeu de sua condição de sacerdote para a prática do abuso sexual, aproveitando-se de estar a sós com a vítima durante a confissão.</p>
<p>Ainda segundo o juiz, o fato de o abuso ter ocorrido em evento público, mesmo que em cômodo isolado, e em uma cidade de pequeno porte, causou grande repercussão e contribuiu para a exposição da imagem e do nome da vítima.</p>
<p>Em nota, a Diocese de Catanduva informou ter tomado conhecimento da decisão proferida pelo juízo cível, "a qual poderá ser objeto de recurso". Informou ainda não poder comentar o caso em concreto devido ao segredo de Justiça decretado pelo Poder Judiciário. A diocese disse que não pode responder por atos individuais e particulares dos membros do clero, quando desvinculados dos objetivos específicos da evangelização e que colabora para a boa aplicação das leis e da Justiça.</p>
<p>A Diocese informou ainda que "permanecerá acompanhando o caso atentamente e o desfecho da Justiça para, então, com serenidade, tomar as medidas cabíveis".</p>