O presidente do Comitê Militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), almirante Rob Bauer, lançou um alerta, instando tanto governos quanto civis a se prepararem para conflitos significativos e uma possível mobilização massiva em caso de guerra global nos próximos 20 anos. Bauer enfatizou a importância de os governos garantirem que suas nações estejam prontas para enfrentar uma guerra.
Em uma coletiva de imprensa após uma reunião dos chefes de defesa da Otan em Bruxelas, Bauer afirmou que não se pode presumir automaticamente a paz e destacou os planos da Organização de preparar-se para um possível conflito com a Rússia. Ele ressaltou que a discussão envolve não apenas as forças militares, mas também a base industrial e os civis, que desempenharão um papel crucial em um eventual conflito.
Bauer alertou para a necessidade de uma mudança de mentalidade, passando de uma era previsível e centrada na eficiência para uma em que "tudo pode acontecer a qualquer momento", exigindo preparação para o inesperado. O almirante holandês sublinhou a importância de contar com uma base industrial capaz de produzir armas e munições rapidamente, se necessário.
As declarações ocorrem em meio aos planos da Otan de realizar a maior manobra militar desde a Guerra Fria, denominada "Defensor Fiel", envolvendo a mobilização de 90.000 soldados para dissuadir possíveis ataques russos contra países membros. Os exercícios têm como objetivo demonstrar a capacidade da Organização de defender seu território até a fronteira com a Rússia.
ATAQUE EM 2025
Enquanto a Organização se prepara para essas atividades, a Alemanha revelou planos vazados indicando que as forças russas estariam se preparando para um ataque à Otan em 2025. O Ministério da Defesa alemão expressou a urgência de fortalecer rapidamente a capacidade de defesa diante da escalada da ameaça russa.
A Otan, por meio do presidente do Comitê Militar, reafirmou seu compromisso de apoiar a Ucrânia a longo prazo, destacando que a situação na região pode determinar o destino do mundo. Alertou-se para o risco de uma nova guerra mundial e destacou a importância de uma postura firme em face das ameaças.