O Instituto Arayara, uma Organização Não Governamental (ONG) engajada contra combustíveis fósseis, comunicou o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) sobre a suspeita de um vazamento de petróleo a 438 km da costa do Amapá. Segundo a organização, a possível origem do vazamento seria uma embarcação.
O ofício, enviado na última terça-feira (30), alerta sobre uma mancha de 170 km² detectada por imagens de satélite em setembro de 2023. No entanto, a verificação in loco é necessária para confirmar a existência do vazamento.
O ponto do suposto incidente está fora da ZEE (Zona Econômica Exclusiva), gerando dúvidas sobre quem deveria agir, já que o Brasil reivindica a área para extensão da ZEE. A mancha está a uma distância que impede confirmação visual imediata.
O Ibama, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Ministério do Meio Ambiente (MMA) foram comunicados, mas ainda não se pronunciaram sobre o alerta. A necessidade de um monitoramento e fiscalização mais abrangentes na região é enfatizada pela ONG para prevenir recorrências desse tipo de incidente.
É importante destacar que não há confirmação sobre o vazamento, e a chance de ser uma mancha de petróleo, de acordo com o sistema de monitoramento utilizado, é de 70%. O episódio recorda o desastre ambiental de 2019, quando manchas de óleo atingiram extensas áreas do litoral brasileiro, impactando comunidades e a vida marinha.