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O rugido do Leão centenário

Uma vez que você entende onde está inserido, é capaz de entrar fundo e de cabeça naquilo.

Escrito por
Larissa Balieiro
March 21, 2025
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Foto: Fernando Vasconcelos

É tempo de comemorar! Até porque, temos o Nacional Futebol Clube de volta para o calendário do futebol brasileiro e quando digo isso, me refiro a aparecer no cenário nacional. O que mais valoriza esse detalhe é a forma que o time construiu essa conquista. No campo e como única equipe com 100% de aproveitamento. O estilo de campanha que o torcedor nacionalino estufa o peito e diz do orgulho de torcer pelo clube mais vezes campeão amazonense. Quarenta e três vezes! 

O Nacional é o tipo de time tradicional que faz falta em evidência. A gente tem tido o São Raimundo em busca deste espaço também nos últimos anos. O que favorece o Nacional deste contexto que estou falando é sua história vitoriosa e acumulativa. O Leão tem CT próprio e completo sendo um dos primeiros clubes a terem este espaço dedicado. Além disso, a história do Nacional em resumo é feita de títulos e feitos. Mesmo que clubes novos surjam a cada momento no futebol amazonense, ainda é o Nacional a ter o maior número de títulos amazonenses e sobretudo, o único clube amazonense que chegou o mais longe em uma Copa do Brasil.

Destacar esses detalhes importa porque, mostra um passado de muita concretização do Nacional. E isso não quer dizer que acabou. Acho que a maior mensagem que fica deste jogo que deu ao Leão a liderança da classificação geral é que bola faz parte mas, entender o peso da camisa que você veste também.

Uma fala do técnico Wellington Fajardo me chamou muita atenção. Ele, que é quase um amazonense, frisou que mesmo chegando mais uma vez de paraquedas e para salvar um resultado, quis contar do zero a história do Nacional para os atletas. Essa atitude mostrou a mudança de postura do time. Uma vez que você entende onde está inserido, é capaz de entrar fundo e de cabeça naquilo. Esse pequeno gesto, mostra a assertividade em traze-lo mais uma vez.

Fajardo tem uma história no futebol amazonense que não é sorte, é coisa de destino. Como se tivesse sido predestinado mesmo. Quando ele desembarca aqui pela primeira vez em 2019 e em pouco tempo faz história com o Manaus, mostrou que não era somente o futebol amazonense que precisava dele, ele também precisava do futebol amazonense. Tenho convicção que a maior glória dele, está aqui. E esse sentimento de pertencimento, de camisa, de história e de conquista, é do treinador. É que sorte que tivemos dele vir conquistar tudo isso aqui com a gente né?

O Nacional tem série D em 2026 novamente, tem calendário e nada me espantaria que Fajardo perpetuasse mais uma história bonita por aqui. De acesso ele entende mas uma coisa é certa: fez o Leão rugir mais uma vez e bem!

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