Meus amigos e leitores queridos, o ano de 2025 vai reservar um trio poderoso na série B do Campeonato Brasileiro. Teremos, após anos, três clubes do Norte do país na segunda divisão: Amazonas, Paysandu e Remo. Com toda certeza, a próxima temporada do Brasileiro vai reservar grandes emoções e potencializará o futebol nortista como há anos não vemos. O futebol amazonense vai dividir ainda mais o espaço com o cenário que já é convencional para o futebol paraense. No âmbito bem geral deste contexto, podemos reforçar o recado que há anos tentamos passar, principalmente para o eixo: AQUI SE FAZ E TEM FUTEBOL.
Conversando com alguns amigos de fora, eles entendem o quanto estamos “longe” do cenário habitual onde o futebol brasileiro se desenvolveu e se mostrou gigante a cada ano. Os clubes de maiores torcidas estão lá. Então, sempre visualizamos uma separação de que pra lá tem futebol e aqui não. Eu digo isso porque senti, em muitas pautas e apurações, o espanto ou a certa indiferença quando se falava do futebol do Norte, ou ainda pior do futebol amazonense. Se colocar em toda a região, o futebol de Roraima, do Amapá, do Acre, de Rondônia e do Tocantins ainda engatinham e acabam fortalecendo a tese de que aqui, no Norte, não se tem futebol por inteiro.
Mas aí que começo não somente a discordar como a abrir a discussão para a questão cultural de que nos últimos anos temos modificando esse cenário. No futebol paraense, Remo e Paysandu já mostraram que sabem fazer uma festa de verdade e sim, conseguem dividir bem a cidade de Belém do Pará entre seus torcedores. São bairristas ao extremo e conseguem mandar um recado de que estão fortalecendo seu futebol ano após ano não importa a divisão. Aí chegamos no futebol amazonense que na última década redefiniu sua história. Não vemos os tradicionais repetindo boas campanhas e muito menos perto de melhorar seus retrospectos a nível nacional. O que acompanhamos são os clubes novos em busca do seu espaço e estão conseguindo. E eu acho natural esse processo ainda que exista quem diminua a batalha dos novos clubes, como o próprio Amazonas.
O recado do Norte é um: se fortalecer a cada vez que conseguirem esse espaço. Seja com clubes tradicionais e de camisa ou com recém criados. O futebol do Norte respira e ocupa o seu espaço com trabalho, como precisa e tem que ser.