No último fim de semana, a cidade de Fonte Boa (distante mais de 800 quilômetros de Manaus) recebeu a grande final da Copa da Floresta. Comentei com vocês esses dias do feito sobre o lançamento da primeira narradora de futebol do Estado do Amazonas e o peso deste acontecimento para um cenário muito maior que a própria competição que é a única amadora a receber o apoio da CBF. Em dois anos de Copa da Floresta, o crescimento dela é visto na divulgação e muito além, nos desafios que aumentam na proporção que a logística da Federação Amazonense de Futebol consegue entregar e realizar. Além disso, a Copa da Floresta já recebe olhares nacionais quanto a grande dificuldade de se fazer futebol no meio da floresta amazônica.
Mais de 90% dos jogos da competição tem o deslocamento via fluvial, ou seja pelo nossos rios. As equipes conhecem bem o tráfego para chegar a cidade do seu adversário e se divertem, muitas vezes, pois estão indo para o que para muitos é uma “Copa do Mundo”, afinal é uma oportunidade de mostrar o seu talento. A parte mais interessante da Copa da Floresta é que ela abraça todos os públicos justamente por ser do futebol amador. Você consegue encontrar vários exemplos do cara que tem quase 40 anos e trabalha no interior fazendo farinha até o jovem de 23 anos que nunca chutou uma bola fora da sua cidade. As histórias se entrelaçam e se tornam marcantes da proporção que a Copa da Floresta tem de assinatura.
Em dois anos, a competição recebeu arbitragem FIFA e acima de tudo, status e organização de grandes jogos. A FAF, através do presidente Rozenha, não economiza para fazer uma grande apresentação. Todos devidamente uniformizados, cada sede com uma equipe de comunicação responsável para trazer as informações e notícias pertinentes ao evento.
A Copa da Floresta recebe há dois anos cobertura nacional. Em 2023 foi a TV Globo e em 2024 a ESPN com direito a programa dedicado para mostrar o quanto a Amazônia tem muito a entregar. A próxima edição da Copa da Floresta já mostra o quanto a competição será o futuro ainda maior do que o futebol amazonense pode proporcionar. Afinal, nunca, jamais será só futebol.