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O amargo fim de semana do futebol amazonense

As vitórias e eliminações que vivemos hoje são reflexos do futuro que queremos construir para o futebol amazonense.

Escrito por
Larissa Balieiro
August 19, 2024
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Eu poderia começar falando da vitória do Amazonas, é óbvio. Afinal é série B e venceu bem dentro de casa o CRB e elevou sua posição na tabela. Claro que é um baita resultado para a Onça. Mas, peço licença para a conquista aurinegra para falar de dois amargos resultados que tivemos no fim de semana e que passa sim pelo futuro que queremos no e para o futebol amazonense: as eliminações de Manauara e Manaus. Foram dolorosas, principalmente a do Robô visto toda a expectativa que vimos surgir após uma campanha impecável na primeira fase.

O Manauara, porém evidenciou um momento que vive o futebol amazonense de ASCENSÃO. Apesar da eliminação, é notório que o time chegou onde chegou surfando muito bem nesta fase que vivemos de competições grandes e resultados bons para a construção da marca FUTEBOL AMAZONENSE. É assim, gradativo e construindo que vamos abrindo espaço e quebrando barreiras, além de colocar em debate o que é feito no Norte do país. 

O Manauara não caiu para qualquer time, do outro lado tinha um Retrô que tem uma estrutura magnífica no Nordeste Brasileiro digno inclusive de receber grandes clubes no seu próprio e pomposo CT. É sério, pesquisem tudo o que é o Retrô. O confronto foi entre os novos clubes, as novas estruturas. Acontece que diferente do Norte, no Nordeste o caminho do futebol é muito mais pavimentado como um todo.

A eliminação do Manauara doeu em muitos por conta do que esse time nitidamente poderia acrescentar em um futuro próximo do futebol local. Mas, eles foram guerreiros. Mesmo perdendo no primeiro jogo por 2 a 0 foram buscar em casa e fizeram 2 a 0. Resultado: alerta de pênaltis. Das cobranças feitas, apenas Paulinho, o capitão e zagueiro, colocou dentro da rede. Quis o destino que o lateral-direito Vitinho, dono das maiores assistências da equipe, chutasse pra fora e que o goleiro Darley catasse o chute de Pardal. E assim, demos adeus. O Robô chegou a uma oitavas de final com apenas UMA DERROTA. Foram 14 jogos da primeira fase + dois jogos da 2ª fase + 2 jogos das oitavas. De fato, baita campanha. Eu espero que 2025, seja ainda maior para esse clube. Quero que o futebol amazonense esteja representado por equipes que tenham condições de contar boas histórias, pois um grande clube vive disso: de títulos e histórias.

Agora eliminação do Manaus, aconteceu em casa. Mesmo empatando em 2 a 2 com o Iguatu, o time decretou ali diante de fatores externos, seu adeus. Assim como foi o ano do rebaixamento, eu quis acreditar até o fim que a missão do Gavião era mais fácil, pois um empate é jogo aberto, porém o duelo era fora de casa. Se não bastasse, demitiram o técnico faltando cinco dias para o jogo decisivo. A fórmula de dar certo era uma aposta, mais uma vez, da diretoria. Volto a dizer, ainda que seja um movimento natural do futebol, tinha que ser no momento certo. Eu confesso que quis acreditar que fosse uma decisão que tinha um fundamento muito maior do que eu poderia saber. Mas, outra vez deram um passo maior que as pernas e isso foi crucial para um fim de trabalho e temporada amargo.

Eu tenho muito medo do futuro do Manaus. Eu torço para que as decisões sejam baseadas muito mais na razão do que na emoção de gostar ou não de A, ou B. Que não permitam que outras vozes sejam maiores que a da razão. Que olhem o cenário e vejam com os próprios olhos onde estão errando. Os dois últimos anos do Manaus foram desastrosos, mesmo que tenham conquistado um título o que, aliás eu acho que é uma chance final de mostrarem que tem condições de ressurgirem e fazerem esse Gavião voar o mais alto possível, como estava habituado.

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