Em reunião realizada nesta quinta-feira (22), o partido Novo decidiu utilizar recursos do Fundo Eleitoral nas eleições municipais deste ano, marcando uma mudança significativa em sua postura política. Criado em 2015 com a proposta de não utilizar dinheiro público em campanhas, o Novo enfrentou resultados eleitorais frustrantes em 2020 e 2022, além de conflitos internos e a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva na disputa presidencial.
No encontro nacional realizado em São Paulo no fim de semana, o partido apresentou uma nova logomarca, anunciou a filiação do ex-deputado e ex-procurador Deltan Dallagnol e discutiu a possibilidade de mudar princípios fundamentais de seu estatuto, incluindo a recusa em usar dinheiro público em campanhas.
Em Manaus, o partido já tem uma pré-candidata à prefeitura. Maria do Carmo Seffair, empresária, reitora da Fametro e presidente do partido Novo no Amazonas, afirmou que a legenda deverá lançar sua pré-candidatura para a Prefeitura de Manaus. Seffair aparece na quarta colocação na pesquisa eleitoral da Perspectiva, divulgada no dia 31 de dezembro, para o executivo municipal.
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O presidente do Novo, Eduardo Ribeiro, afirmou que nas eleições municipais deste ano, pela primeira vez em sua história, o partido irá utilizar recursos do Fundo Eleitoral para financiar a propaganda de seus candidatos.
"As conversas [para viabilizar o uso da verba pública] já estão bem adiantadas", afirmou.
A recusa em usar dinheiro público em campanha sempre foi um diferencial propagandeado pelos militantes do Novo. Em 2022, esse ponto foi destacado repetidamente por Luiz Felipe d'Avila, representante do partido na disputa pela Presidência, que obteve 0,47% dos votos válidos.