<p>Em situação de emergência por conta da <strong>cheia do rio Amazonas</strong>, o <strong>município de Urucurituba</strong> (distante 343 quilômetros ao oeste de Manaus) vai desembolsar <strong>R$ 500 mil </strong>para contratar a dupla<strong> Bruno e Marrone </strong>como principal atração da <strong>17ª Festa do Cacau</strong>. O show está marcado para o dia 16 de junho. </p>
<p>O<a href="https://g1.globo.com/am/amazonas/"><strong> g1</strong></a> entrou em contato com a prefeitura do município, que não deu explicações sobre o contrato. O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) pediu a suspensão do evento, argumentando que os gastos com os shows "violam os princípios da legalidade e moralidade" <strong><em>(veja os detalhes abaixo)</em></strong>. </p>
<p>O montante desembolsado consta no documento assinado pelo prefeito José Claudenor de Castro Pontes (PT), conhecido pelo apelido de 'Sabugo', no dia 7 de abril, e publicado no Diário Oficial do Município (DOM). </p>
<p>A banda Sorriso Maroto também foi contratada e será uma das atrações do evento. Com apresentação prevista para o dia 18 de junho, o cachê do grupo teve um custo bem menor, de R$135 mil. </p>
<p>Um mês após contratar as atrações nacionais, o prefeito decretou situação de emergência no município por conta do avanço do rio em estradas e na área urbana de Urucurituba. </p>
<p>Segundo a própria prefeitura, quatro bairros já foram atingidos pela subida do rio Amazonas, e mais de 1.600 famílias estão sendo diretamente afetadas pela enchente.</p>
<p>Apesar disso, as apresentações seguem confirmadas. </p>
<p>Quando decretam situação de emergência, os municípios podem ter acesso a recursos públicos de forma mais rápida, realizar compras emergenciais sem licitação e ultrapassar as metas fiscais previstas para pagar as ações previstas de combate à cheia. </p>
<h2>MP-AM pede suspensão do evento</h2>
<p>No final de abril, o MP-AM ajuizou Ação Civil Pública (ACP) pedindo a imediata suspensão dos shows da dupla sertaneja Bruno e Marrone e do grupo de pagode Sorriso Maroto. O órgão cita a situação socioeconômica do município em relação ao custo do evento. </p>
<blockquote class="wp-block-quote"><p>“Dante da atual precariedade enfrentada pela população local, especialmente nas áreas da saúde, educação, moradia, saneamento básico e pavimentação de ruas, a realização de um evento desse porte afronta os princípios de legalidade, moralidade, eficiência, proporcionalidade e razoabilidade que orientam a administração pública", argumentou o promotor na ação.</p></blockquote>
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<p>Fonte: <a href="https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2022/06/09/municipio-em-emergencia-por-causa-da-cheia-no-am-vai-gastar-r-500-mil-com-show-de-bruno-e-marrone.ghtml" target="_blank" rel="noreferrer noopener">g1</a></p>
