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Mulher de Dom Phillips diz que corpo do jornalista e do indigenista e Bruno Pereira foram encontrados 

Escrito por
Redação
June 13, 2022
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<p>A mulher de Dom Philips, Alessandra Sampaio, disse que o indigenista Bruno Araújo Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips, que estavam desaparecidos desde domingo (5), no Amazonas, foram encontrados mortos. </p>

<p>A informação ainda não foi confirmada pelas autoridades brasileiras. </p>

<p>Bruno e Dom estavam desaparecidos havia mais de uma semana na Terra Indígena Vale do Javari, no Amazonas. </p>

<p>Bruno e Phillips tinham sido vistos pela última vez quando chegaram à comunidade São Rafael por volta das 6h de domingo. No local, eles conversaram com a esposa do líder comunitário apelidado de “Churrasco”. De lá, eles partiram rumo a Atalaia do Norte, viagem que dura aproximadamente duas horas, mas não chegaram ao destino. </p>

<h2>Ameaças </h2>

<p>Segundo a lideranças indígenas, Bruno Pereira recebia constantes ameaças de madeireiros, garimpeiros e pescadores. </p>

<p>"Enfatizamos que na semana do desaparecimento, conforme relatos dos colaboradores da Univaja, a equipe [Bruno e Phillips] recebeu ameaças em campo. A ameaça não foi a primeira, outras já vinham sendo feitas a demais membros da equipe técnica da Univaja, além de outros relatos já oficializados para a Policia Federal, ao Ministério Público Federal em Tabatinga, ao Conselho nacional de Direitos Humanos e ao Indigenous Peoples Rights International", destacou a entidade, na segunda-feira. </p>

<h2>Quem eram Bruno Pereira e Dom Phillips</h2>

<p>Além de indigenista, pessoa que reconhecidamente apoia a causa indígena, Bruno Pereira era servidor federal licenciado da Funai. Ele também dava suporte a Univaja em projetos e ações pontuais.</p>

<p>Em nota divulgada após o desaparecimento, a Funai enfatizou que "ele não estava na região em missão institucional", porque estava "de licença para tratar de interesses particulares". </p>

<p>Segundo a nota da Univaja, Bruno era "experiente e profundo conhecedor da região, pois foi Coordenador Regional da Funai de Atalaia do Norte por anos". </p>

<p>Phillips e Bruno faziam expedições juntos na região desde 2018, de acordo com o The Guardian. </p>

<p>Phillips morava em Salvador e fazia reportagens sobre o Brasil há mais de 15 anos para veículos como Washington Post, New York Times e Financial Times, além do Guardian. Ele também estava trabalhando em um livro sobre meio ambiente com apoio da Fundação Alicia Patterson. </p>

<p>Em uma rede social, Jonathan Watts, editor do Guardian, disse, após o sumiço, que o jornal estava preocupado e procurando informações sobre o colaborador. </p>

<p>"O Guardian está muito preocupado e procurando urgentemente informações sobre o paradeiro de Phillips. Estamos em contato com a embaixada britânica no Brasil e autoridades locais e nacionais para tentar apurar os fatos o mais rápido possível", escreveu Watts. </p>

<p>As famílias do indigenista e do jornalista fizeram apelos pela celeridade nas buscas. A família falou sobre a angústia na espera de notícias e disse que tinha esperança que os dois tinham sofrido um acidente. </p>

<h2>Buscas</h2>

<p>Equipes da Marinha, Exército e Força Nacional foram enviadas à Atalaia do Norte para auxiliarem nas buscas. O Governo do Amazonas também enviou uma força-tarefa da Secretaria e Segurança Pública do Estado composta por policis civis e militares, além de mergulhadores do Corpo de Bombeiros. </p>

<p>As buscas contaram, ainda, com o apoio de voluntários e comunitários e indígenas da região. </p>

<p>As forças de segurança usaram embarcações e aeronaves nas buscas.</p>

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<p>Fonte: <a href="https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2022/06/13/corpos-de-indigenista-e-jornalista-ingles-sao-encontrados-no-am.ghtml" target="_blank" rel="noreferrer noopener">g1</a></p>

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